Do blog Trocando Fraldas
#euapoioleitematerno – Diga o nome de uma coisa muito preciosa: leite materno! Você sabia que o leite materno é a melhor coisa que se pode ter para crianças menores de 2 anos?
por Patrícia Amorim
03/06/2015
Ele é essencial na fase de 0 a 6 meses e é direito de todo bebê receber em livre demanda e exclusivo. Por isso o unir forças para falar mais desse bem tão necessário é fundamental! A SMAM, ou semana mundial do aleitamento materno veio para ajudar a conscientização de mães e cuidadores sobre os benefícios do leite materno. Mas uma semana é pouco para tanta importância!
Por isso, o querido Dr Moises Chencinski tomou a iniciativa inovadora! Que tal falar sobre leite materno por um ano inteiro? A campanha #euapoioleitematerno veio para revolucionar toda e qualquer campanha sobre aleitamento materno. Vamos falar todos os dias da semana sobre o assunto e dar dicas muito importantes sobre essa questão. Em uma conversa com o Dr Moises, ele me deu diversas explicações. Achei muito importante compartilhar aqui com vocês! Ajudem a compartilhar as informações, leite materno é essencial e importante para mãe e filho.
Na Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2014, primeira semana de agosto, muito se falou a respeito de ações para aumentar a taxa de aleitamento no Brasil. Aí, eu só ouvia as pessoas falando que deveríamos falar sobre aleitamento materno todos os dias e não só nessa semana, ou só nesse mês. E essa é uma questão que eu já escuto há algum tempo. E muita gente fala realmente sobre aleitamento materno, mas não com a frequência ou a força necessária para mudarmos esse panorama.
A campanha #euapoioleitematerno foi criada para congregar as pessoas que queiram agir em prol do aleitamento materno. A ideia é sensibilizar, informar, conscientizar, unir esforços e ações para que o aleitamento materno tenha o espaço, o tempo e a possibilidade de ser tão natural quanto deveria. O movimento não é contra nada e nem ninguém. Ele é a favor. A favor das mães e das crianças. A favor da família. A favor dessa geração que a Sociedade Brasileira de Pediatria quer que seja a “geração dos 100 anos”. Mas que seja uma geração saudável, feliz, produtiva e cidadã. Acompanhem as redes sociais e também alguns links que estão todos no rodapé desta matéria.
E ainda há mais por chegar. É só acompanhar. E em breve, a participação de todos será fundamental para conhecer locais amigos do aleitamento. Olha que legal! Divulgar a hashtag (#euapoioleitematerno), incorporar o logo em sites, blogs, informações, enviar vídeos de 15 segundos para serem publicados no Instagram (mostrando o apoio – entrando em contato conosco através desses canais para podermos orientar como fazer), mandando vídeos do tamanho que for para contar e compartilhar suas experiências (positivas ou não), seus problemas para colocarmos no nosso canal no Youtube. Enfim, o apoio às nossas ações e a participação é fundamental.
Essa campanha, no final das contas, beneficia todo o Brasil. Beneficia as crianças que crescerão com maior vínculo familiar, mais imunizada, melhor alimentada e mais saudável. Beneficia as mães por uma melhor recuperação pós-parto, uma diminuição comprovada nas taxas de câncer de mama, a possibilidade de uma reinserção no ambiente de trabalho com condições de até retirar seu leite e armazená-lo para trazer para casa para seu bebê tomar quando ela não estiver em casa.
Beneficia, por exemplo, os prematurinhos, para quem o leite materno não é remédio. É vida. Assim, a sensibilização e a conscientização da importância da doação de leite materno ajudarão a fazer, da nossa rede de Banco de Leite Humano no Brasil, que já é exemplo de eficiência e estrutura para o mundo, um padrão também de quantidade de leite (que não supre as necessidades desses prematuros). E, uma vez criada essa cultura, a própria mãe, 15 dias antes de sua volta ao trabalho, seguirá o caminho natural de coletar, armazenar e “doar” o seu leite para seu bebê, completando até o máximo de tempo possível a vantagem do aleitamento para seus filhos.
A nossa meta ousada começa com a ideia de sensibilizar e conscientizar e informar o país a respeito da importância e da viabilidade do aleitamento materno. A participação de toda a sociedade faz a diferença. É necessária e fundamental a participação e o empenho de todos: as famílias, profissionais de saúde, as escolas, a mídia, as redes sociais, jornalistas, artistas, advogados, professores, os políticos, os esportistas, governos municipais, estaduais e federal, enfim… Sem restrições. Não há quem não possa participar. Pode participar que já amamentou e quem não amamentou, que está ou não amamentando, quem vai ou não amamentar, homens, mulheres, crianças, idosos, sem nenhum preconceito. TODOS são bem vindos.
O sonho do movimento é “inundar o país de leite materno”, aumentar as taxas de aleitamento materno exclusivo (hoje de 51 dias para 6 meses), a porcentagem de mães que fazem aleitamento materno exclusivo aos 6 meses (dos 41% atuais para 100%), e a duração do aleitamento materno (atuais 11 meses para2 anos ou mais). E isso é um sonho possível. Não é fácil. Não é rápido. Não é sem muito esforço. Más sem dúvida, é possível e é bom.
Informações sobre aleitamento materno podem ser encontradas nos sites do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria, da Sociedade de Pediatria de São Paulo, da UNICEF. Há muitos profissionais de saúde (médicos – pediatras, obstetras entre outros, enfermeiras, nutricionistas, psicólogos , odontopediatra, entre outros) muito bem informados. Vale a pena procurar por eles. Fica fácil identificar quem são eles. Eles são os profissionais que seguem algumas orientações básicas e que de tudo farão para atingir esses objetivos:
Esses profissionais estarão ao lado das mães para ajuda-las em qual for a sua decisão. Mas que essa seja uma decisão consciente, após ter sido bem informada e orientada. E isso é possível mesmo com uma legislação que não favorece a mãe (licença-maternidade efetiva de apenas 4 meses – 6 meses só em troca de benefícios fiscais; licença-paternidade vergonhosa de 5 dias; creches nas empresas, locais apropriados para a mãe coletar e armazenar o seu leite para levar para casa para seu filho).
E isso é possível mesmo que tenhamos pessoas na nossa sociedade que se incomodam com uma mãe amamentando seu filho em locais públicos, considerando pornográfico, erótico e sensual, mas acham natural as pessoas seminuas ou até nuas em festividades transmitidas pelas redes de TV no Carnaval, ou nas praias. E isso é possível mesmo que, ainda hoje, o aleitamento materno não seja adequadamente ensinado nas escolas para as crianças, para os jovens e, acreditem, na maioria das vezes nem nos cursos de formação em Medicina e ne na maioria das residências médicas e especialização na área de Pediatria.
O leite materno é o alimento ideal para os bebês. Isso todos já sabem. Será? O que temos observado é que, apesar de ser lógico, culturalmente, em nosso país, essa ainda não é uma noção que a maioria das pessoas tenha. É necessário informar. Sensibilizar. Conscientizar. O leite materno, conhecido como nosso sangue branco, é um alimento vivo, que se modifica e se adapta durante a mamada, e se modifica a cada dia, e em cada fase da vida do bebê, suprindo todas as necessidades nutricionais durante os primeiros 6 meses. O leite materno é o alimento único, exclusivo e necessário até o 6º mês de vida.
O leite materno é o alimento principal entre os 6 meses e um ano de idade e deve ser complementado apenas a partir do 6º mês de vida. Tanto que até um ano de idade a criança é conhecida como lactente. O leite materno é o alimento complementar mais importante da criança após um ano de idade até 2 anos ou mais, dispensando qualquer outra complementação láctea nessa fase da vida da criança. Tudo o que puder ser feito em prol do aleitamento materno estará beneficiando não só seu filho, mas todos os filhos, de todas as mães, de cada canto desse país e fazendo, do Brasil, um país presente com foco em seu futuro.
No Brasil o aleitamento materno cruzado não é permitido por lei (pelos riscos – como era antes a ama-de-leite). Nos Estados Unidos existe a comercialização de leite materno através da internet, mas que é totalmente irregular e sem controle nenhum. Não se testa contra doenças (Hepatite / HIV), não se controla coleta, armazenamento ou transporte e estudos recentes mostram que grande parte deles tem drogas e leite de vaca em sua composição. Assim, sempre que houver necessidade entre em contato com o pediatra que poderá orientar a melhor forma de tentar, desde uma relactação (técnica através da qual pode ser reiniciado o aleitamento materno) ou até o uso de fórmulas infantis apropriadas para cada criança.
Blog
Instagram
Facebook
Twitter
YouTube
Não se esqueça, se você amamenta, também é possível fazer a doação de leite materno. As mamães que não podem amamentar seus bebês, precisam de ajuda e claro, os prematuros e bebês recém nascidos necessitam do leite materno humano. Você pode achar um banco de leite mais próximo da sua casa no LOBALE que é um dos apoiadores da campanha #euapoioleitematerno! Seja uma doadora, doe vida!
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545