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BEBÊ DE 1 E DE 2 MESES: SAIBA TUDO SOBRE A FASE

Do site Bebê Mamãe

Entenda como é o dia a dia, o sono, a amamentação, a audição e muito mais sobre os bebês de 1 e de 2 meses de vida

por Bruna Romanini

09/06/2015

O 1º e o 2º mês de vida são essenciais para o bebê. É nesta fase que ele irá se adaptar às principais mudanças que ocorrem em seu corpo após o nascimento. Esta fase também é essencial para a relação entre os pais e o bebê, afinal, trata-se do momento em que eles vão se conhecer.  A seguir, entenda como são os principais aspectos da vida do bebê de um mês e de dois meses de vida.

Antes de nascer

Para entender os dois primeiros meses de vida do bebê, é preciso pensar nas transformações que o bebê passou ao sair do útero. “Lá no útero havia uma série de coisas que eram feitas por ele, como respirar e se alimentar, e agora o bebê precisa fazê-las sozinho. Portanto, ocorrem muitas transformações na vida desse bebê”, explica o pediatra Moisés Chencinski, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Após o nascimento o bebê precisa se adaptar. “E esta adaptação vai ocorrer principalmente nos primeiros 60 dias de vida do bebê”, diz o pediatra Moisés Chencinski.

Ainda na gravidez, algumas atitudes dos pais são muito importantes para que o bebê tenha muita saúde. A mãe que se alimenta de forma saudável irá influenciar o bebê a gostar de alimentos saudáveis. “Isto porque o gosto daquilo que a mãe come passa pelo líquido amniótico e quando o bebê crescer irá reconhecer melhor esses sabores”, conta Moisés Chencinski.

O tipo de parto também influencia a flora intestinal do bebê. Isto porque ao passar pelo canal vaginal, o bebê entra em contato com as bactérias da flora vaginal da mãe e elas irão contribuir para que o pequeno tenha uma flora intestinal mais próxima do normal.

O dia a dia

Os primeiros dois meses de vida do bebê são essenciais para que a mãe e o pequeno se conheçam e entendam como será a dinâmica dali para frente. “Nesta fase se estiver tudo bem com o bebê ele estará dormindo ou acordado tranquilo. Se não estiver bem, ele irá chorar. O pequeno vai chorar por frio, calor, tédio, fralda suja, enfim, tudo que o incomodar”, afirma Moisés Chencinski.

É normal no início a mãe ter dificuldade em descobrir o que está incomodando e resolver. “Não conseguir parar o choro pode gerar ansiedade. Portanto, nessa convivência o bebê aprende a dar os sinais do que está incomodando, enquanto a mãe aprende a não se desesperar diante do choro e a focar em entender qual é o problema e solucioná-lo”, constata Moisés Chencinski.

Entre o 7º e o 10º dia de vida, o recém-nascido terá a primeira consulta no pediatra. Depois, se tudo correr bem, a próxima será com um mês de vida e a partir de então o bebê deve ir uma vez por mês ao pediatra até completar um ano. Na maternidade o recém-nascido recebe as vacinas BCG e contra a hepatite B, as demais vacinas serão aplicadas a partir do segundo mês de vida.

Nestes primeiros dias, o papel do pai ou de outro familiar ou amigo é essencial para ajudar a mãe a se organizar no cotidiano com o bebê. Nos primeiros meses de vida, o bebê é 100% dependente da atenção de toda a família.

O sono

Os adultos possuem um ciclo que dura 24 horas no qual acordamos e dormimos. “No caso dos bebês esse ciclo é diferente, é menor do que 24 horas”, conta Moisés Chencinski. Por isso, é natural o bebê acordar com maior frequência do que o adulto e tentar estabelecer uma rotina de sono nos primeiros meses de vida é antinatural. “Tem crianças que nesses primeiros meses já estabelecem essa rotina sozinhas, já outras vão se adaptando aos poucos”, observa Moisés Chencinski. 

A amamentação

Enquanto estava na barriga, o bebê recebia alimentação por meio do cordão umbilical constantemente. Portanto, nos seis primeiros meses de vida, a amamentação deve ocorrer por livre demanda, ou seja, sempre que o bebê sentir fome deve ser amamentado. Nos primeiros seis meses de vida, não é orientado que o bebê consuma outros alimentos além do leite materno, nem mesmo água. A amamentação é essencial para o desenvolvimento de uma flora intestinal saudável. “Se o bebê recebe fórmula, a flora intestinal se forma mal”, constata Moisés Chencinski.

A amamentação é tão importante para o bebê que o pediatra Moisés Chencinski lançou o movimento #euapoioleitematerno, conheça aqui.

A visão do bebê

Nos primeiros dois meses de vida, o bebê não enxerga bem e consegue ter uma noção de claro e escuro.  Quando está mamando, o bebê consegue enxergar até onde estão os olhos da mãe. Esta troca de olhares entre mãe e filho é essencial para a formação do vínculo nos primeiros meses de vida. “Por isso que eu não oriento cobrir o rosto do bebê quando se está amamentando, esta atitude impede a troca de olhares entre mãe e bebê e consequentemente prejudica a formação do vínculo”, explica Moisés Chencinski.

A audição do bebê

O bebê consegue ouvir as vozes dos pais desde a barriga. Por isso, conversar com a barriga é tão importante. Desde os primeiros meses de vida o bebê já tem a capacidade de reconhecer as vozes dos pais e outros familiares e amigos que estejam presentes em sua criação.

O olfato do bebê

O bebê também é capaz de perceber o cheiro dos pais e pode até se acalmar quando percebe esse cheiro. “Nada de colocar perfumes no quarto do bebê e também não utilize perfumes no pequeno. O abuso dos perfumes pode fazer com que o bebê desenvolva uma rinite”, alerta Moisés Chencinski.

A pele do bebê

Durante a gravidez o bebê passa nove meses imerso em líquidos e para que a pele consiga ficar neste ambiente formam-se algumas proteções ao seu redor. “Após o parto, o bebê não precisa mais dessa proteção e a pele descasca”, observa Moisés Chencinski. Então, surge uma pele fininha e muito delicada. Portanto, não é recomendado passar protetor solar, cremes e inseticidas nos primeiros seis meses de vida do bebê.

Reflexos

Nesta fase o bebê age basicamente por meio de reflexos. Então, se você colocar o dedo em frente à mãozinha do pequeno, ele irá segurá-lo e por aí vai.

O que se passa na cabeça do bebê

O que será que o bebê está pensando? É muito comum as mamães terem esta curiosidade. “Nos primeiros dois meses de vida muitos estudos mostram que o bebê sente ansiedade, insegurança e medo. Mas claramente o que sabemos é que o pequeno precisa de um vínculo seguro com os familiares para que possa se alimentar, crescer e se desenvolver da forma mais saudável. Além disso, ele precisa ter sua necessidade supridas. Então, é importante que os pais estejam ao lado do bebê para poder aprender com ele e fazer o pequeno aprender eles”, diz Moisés Chencinski.

As cólicas

Como ainda não está com o sistema gastrointestinal completamente formado, o bebê pode ter mais cólicas nos primeiros meses de vida.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545