Do caderno Mulher Interativa - Jornal Agora
O aleitamento materno traz inúmeros benefícios ao bebê e à mãe. Além de estimular o vínculo afetivo entre ambos, fortalece o sistema imunológico do bebê, protegendo-o contra infecções respiratórias e intestinais, levando-o a ganhar peso, fato que o ajudará a crescer forte. Outro benefício importante é a prevenção de hemorragia e consequente anemia materna, pois a sucção do bebê auxilia na contração uterina, o que também ajuda na diminuição do tamanho do abdômen da mãe.
18/07/2015
Por isso, a Organização Mundial de Saúde, a Sociedade Brasileira de Pediatria, o Ministério da Saúde, o UNICEF, a Academia Americana de Pediatria, dentre muitas outras entidades médicas, são enfáticas ao recomendar: aleitamento materno desde a sala de parto (na primeira hora de vida), exclusivo e em livre-demanda até o 6° mês e estendido até os 02 anos ou mais. Entretanto, "estamos bem longe disso e envoltos num universo de dúvidas e preconceitos em
relação ao tema", afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349), que tomou a iniciativa de criar um movimento em prol do aleitamento materno que congregue mães (adotivas, naturais, de coração), jornalistas, governantes (municipais, estaduais e federais), blogueiras, formadores de opinião, famílias (de todos os tipos), empresários que empregam mulheres, mães trabalhadoras, profissionais de saúde, em última instância, toda a sociedade.
→ Taxa de aleitamento na sala de parto: 65%;
→ Média de aleitamento materno exclusivo no Brasil é de 51 dias;
→ Apenas 41% das crianças estão em aleitamento materno exclusivo aos 6 meses;
→ Média de duração de aleitamento materno no Brasil é de 11 meses e 20 dias.
A primeira semana de agosto é dedicada à amamentação no mundo inteiro, através da "Semana Mundial de Aleitamento Materno". Na 23ª edição desse evento global, em 2015, o tema a ser trabalhado será “Breastfeeding and work: Let’s make it work”. O Brasil, já há algum tempo, foca-se em um "Agosto Dourado" como uma iniciativa para se falar e divulgar o aleitamento materno.
“Em mais de três décadas de prática médica, sempre fiz questão de comemorar a Semana Mundial de Aleitamento Materno, trabalhando as questões sociais propostas pela campanha global. No entanto, percebia que depois da primeira semana de agosto, o tema saía de pauta, não sendo mais o foco das atenções. Exatamente por conhecer tão de perto as dúvidas e dificuldades das mães e de seus bebês, decidi, com toda a ousadia e por conta própria, mas também com toda boa vontade e pureza de propósitos do mundo, lançar o Movimento #euapoioleitematerno.
Isso mesmo! Este será o primeiro de muitos anos em que vou falar diariamente a respeito de aleitamento materno. Esse é um compromisso público”, diz o médico, que também é autor do blog #euapoioleitematerno", explica o médico, com entusiasmo.
"O que aconteceria se durante um ano (maio de 2015 - maio de 2016) pudéssemos abordar, todos os dias, a importância do aleitamento materno? Certamente, iríamos inundar o País de leite materno! ", questiona Chencinski.
Esse foi o pensamento que norteou a criação do Movimento #euapoioleitematerno. "Todos os que queiram se juntar a esse movimento estão convidados a participar. A missão não é fácil, mas acredito que os benefícios sociais superem em muito as dificuldades com as quais vamos nos deparar. Juntos, vamos, tanto apoiar, quanto organizar eventos com e para as mães, buscando, sempre, a sensibilização e o empoderamento em relação ao aleitamento materno”,
afirma o pediatra.
De acordo com o médico, “o Movimento #euapoioleitematerno irá tocar em todos os assuntos relativos ao aleitamento materno, ouvirá todas as ideias, unirá esforços e cutucará feridas. "Todos juntos. Nem um dia sequer se passará sem uma palavra sobre aleitamento materno. Já escolhemos nossas ferramentas: o blog #euapoioleitematerno, a fanpage, o Instagram, o Twitter e um canal de vídeos no You Tube”, enfatiza ele.
O médico destaca que seu maior objetivo é estimular e sensibilizar, de forma positiva e sem agressões, sem ameaças e sem discriminações o aleitamento materno. “Quem quiser pode se unir ao Movimento #euapoioleitematerno. Mães que amamentam e mães que não amamentam têm a mesma voz. Ninguém é menos mãe ou mais mãe por amamentar ou por não amamentar . Quem não amamentou, ou não amamenta hoje, pode em uma próxima situação vir a amamentar. E mesmo que não haja uma próxima oportunidade, qualquer mãe, qualquer mulher, qualquer pessoa (inclusive homens) pode ser um multiplicador das nossas informações”, defende Moises Chencinski.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545