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A Tradição da Queima de Fogos no Paraná, precisa de uma nova regulamentação. Pois a cada ano aumentam os acidentes decorrentes do abuso de fogos com grande poder de explosão, ou estampido. 

Além dos acidentes graves que envolvem queimaduras e mutilações, existe também o prejuízo à fauna, com centenas de pássaros mortos; aos cães que, por terem uma audição muito mais aguçada que a humana, sentem-se como se estivessem em meio a um bombardeio, o que provoca acidentes fatais, além de dores de ouvido. Dores estas que afetam também os humanos, principalmente crianças e idosos, mas, que é prejudicial a todos nós. Segundo Moises Chencinski, pediatra pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo): "O máximo que o ouvido humano pode suportar é 80 decibéis. E uma queima de fogos pode produzir sons de até 140 decibéis".

Mais do que assustar, um ruído desse tipo pode lesionar os ouvidos, prejudicando a audição em diferentes níveis, dependendo do quanto a criança estiver próximo da fonte geradora do som. "Além da perda auditiva, a criança pode permanecer escutando um zumbido por um longo tempo se for exposta a um som intenso", diz o pediatra. Existem fogos de vista, sem estampido, que já são muito utilizados em outras cidades e inclusive já respondem por mais de 50% das vendas na região da grande Vitória (ES), segundo reportagem da CBN, até mesmo por terem um custo baixo, lá uma caixa destes fogos custa em média R$ 20,00. Portanto, a tradição das luzes pode ser preservada, mas a poluição sonora pode ser abolida destas festas. Em defesa dos ouvidos humanos e do bem estar dos nossos animais vamos dizer não ao barulho ensurdecedor

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545