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Não importa o que Donald Trump diz, a ciência tem fornecido amplas evidências de que as vacinas na infância são seguras, eficazes e não causam o autismo. Autoridades de saúde pública em todo o mundo defendem que as vacinas são tão importantes quanto os cintos de segurança para proteger as crianças. Nos EUA, até mesmo o presidente Obama pediu aos pais para vacinarem seus filhos.
por Marcia Wirth
30/09/2015
Não importa o que Donald Trump diz, a ciência tem fornecido amplas evidências de que as vacinas na infância são seguras, eficazes e não causam o autismo. Autoridades de saúde pública em todo o mundo defendem que as vacinas são tão importantes quanto os cintos de segurança para proteger as crianças. Nos EUA, até mesmo o presidente Obama pediu aos pais para vacinarem seus filhos.
Então, como Trump, um candidato em evidência a um dos cargos mais importantes do mundo, pode perpetuar medos infundados sobre as vacinas? Irresponsabilidade? Ignorância? Desconhecimento científico? Falta de assessoria? Interesses comerciais escusos? “Fato é que seu discurso desarrazoado ecoa em muitos grupos anti-vacina nos EUA e no mundo. A irresponsabilidade social dessas declarações é enorme, principalmente diante do ressurgimento da coqueluche e do recente surto de sarampo que deixou mais de 102 pessoas doentes em 14 estados americanos”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
E há outro elemento complicador. Declarações como essa levantam suspeitas contra o governo. E confiança no governo - ou a falta dela - é identificada como um fator chave para adesão ou não às campanhas governamentais de vacinação. Muitas pessoas se tornam “anti-vacinação” como resultado da desconfiança em relação aos governantes.
A seguir, o pediatra, reuniu alguns dos argumentos anti-vacinação mais repetidos aqui e no EUA, à exaustão, e a verdade sobre cada um deles. Confira:
“É difícil provar uma negativa. Mas a Academia Americana de Pediatria publicou uma lista de mais de 40 estudos que mostram que não há qualquer ligação entre vacinas e autismo”, diz o médico.
“Esse tópico também está relacionado ao primeiro. Sim, um estudo publicado na revista The Lancet, em 1998, trazia esse material. Hoje, você abre o link da revista e vê bem grande, em letra de forma e vermelho: RETRACTED. O estudo foi corrigido, revisto, o médico-pesquisador que o liderou, Andrew Wakefield, mostrou ter falsificado os dados e foi despojado de sua licença médica, banido da comunidade científica na Inglaterra”, destaca Chencinski.
“Ainda estamos falando do argumento #2. O The New York Times publicou um excelente artigo, neste ano, mostrando como um falso estudo científico continua impactando tão negativamente a saúde pública em todo o mundo. Histórias não são provas. Não há nenhuma razão para acreditar que as vacinas provocam autismo”, diz o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
“Na verdade, os pais que deixam de vacinar seus filhos podem estar comprometendo a saúde de outras crianças que são incapazes de tomar a vacina porque elas são muito jovens. Quando o número de crianças não vacinadas sobe acima de um certo limite, a imunidade de rebanho ou imunidade coletiva é comprometida, e doenças evitáveis voltam com força total em algumas comunidades. Vejam o caso ‘simples da rubéola’, doença benigna em crianças, um pouco mais sintomática em adultos (febre alta, dores articulares), mas que, se for transmitida a uma gestante no primeiro trimestre de gestação pode levar a abortamentos, prematuridade e à Síndrome da Rubéola Congênita. Esse quadro é composto de malformações congênitas de grandes órgãos e sistemas, como oculares (microftalmia, retinopatia, glaucoma e catarata), cardíacas, deficiência auditiva e alterações neurológicas e retardo mental. É até possível a ocorrência de formas leves, com surdez parcial ou pequenas deficiências cardíacas, que só serão diagnosticadas muitos anos após o nascimento. E quem arca com as consequências dessa atitude de não vacinação no caso dessa família?”, questiona Moises Chencinski.
“Isso não é verdade. A partir do momento em que os bebês nascem, eles são expostos a todos os tipos de vírus causadores de doenças. Assim, a maioria dos médicos concorda que o sistema imunológico de uma criança pode lidar com os antígenos imunoestimulantes presentes em várias vacinas. Na verdade, as crianças são expostas a mais antígenos no ambiente, todos os dias, do que aqueles que recebem em todas as suas vacinas combinadas”, diz o pediatra Moises Chencinski.
“A chamada ‘imunidade natural’ resulta dos esforços do corpo lutando com sucesso contra uma doença infecciosa. As pesquisas mostram que a resposta imune das pessoas que foram vacinadas contra várias doenças é tão boa quanto a de pessoas cuja imunidade vem de uma infecção. Mas, a imunidade adquirida pela vacina é preferível, porque vem sem uma infecção potencialmente perigosa”, destaca o médico.
Vacinas novidades
http://www.youtube.com/watch?v=QwHrkPVB5_s
Seu adolescente está com as vacinas em dia?
http://www.youtube.com/watch?v=ODdI-TMcj84
Vacina HPV para adolescentes
http://www.youtube.com/watch?v=JgfPERKVhBs
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545