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Saiba tudo que ocorre nas consultas no pediatra quando o bebê tem de 0 a 6 meses
por Bruna Romanini
05/11/2015
As consultas no pediatra desde os recém-nascidos até os seis meses do bebê são muito importantes. Por isso, é essencial entender o que o pediatra irá fazer nas consultas e também qual é o papel dos pais durante as consultas.
Foto: Getty Images
A primeira consulta no pediatra ocorre entre os 7 e 15 dias de vida do recém-nascido. “Isto porque o bebê costuma ter alta do hospital com 3 dias e é importante que a mãe conviva com o bebê um tempo em casa antes de ir ao pediatra”, explica o pediatra Moises Chencinski, criador da campanha #euapoioleitematerno. Isso se o pequeno não teve problemas de saúde.
Quando for para a primeira consulta, é importante que a mãe se lembre de levar a carteira de vacinação do bebê e os dados da maternidade. Neles consta o dia do parto, a hora, se foi normal ou cesárea, os resultados dos testes de apgar, peso, estatura, perímetro encefálico, perímetro do tórax, tipo de sangue da mãe e do bebê, o que ocorreu na maternidade, os testes que foram feitos e o peso do bebê no dia da alta. Também é importante que o pediatra saiba se o bebê recebeu apenas o leite materno na maternidade ou se ingeriu fórmula e se tomou as vacinas BCG e a primeira dose da hepatite B. “Se tem alguma recomendação da equipe do berçário, a mãe não pode esquecer isso, se possível e desejável vir com o pai e pode trazer quem quiser da família”, conta o pediatra Moises Chencinski. Nas consultas seguintes deixa de ser necessário levar o documento da maternidade.
Ao receber a família em seu consultório, o pediatra costuma procurar sentir qual é o humor daquela família no momento. “Se é o primeiro filho ou não, tudo isso são perguntas que o pediatra faz”, explica Moises Chencinski.
Na primeira consulta e nas seguintes também, o pediatra irá realizar uma série perguntas para os pais. “Nessa primeira consulta o pediatra vai querer saber a respeito do pré-natal, se a gestação foi programada ou não, o pediatra faz uma avaliação geral”, observa Moises Chencinski.
O pediatra irá questionar se o bebê está mamando no peito ou não, se o coto umbilical caiu ou não, se está evacuando bem, se tem cólicas, gases, se regurgita, se arrota fácil, etc.
Sobre a amamentação, o pediatra também irá questionar se o aleitamento está em livre demanda, qual a duração das mamadas, intervalos entre elas, entre outras questões. É comum e recomendável que o pediatra veja a mãe amamentando. “Tenho uma poltrona de amamentação para poder observar a mãe amamentando, para saber se a pega está correta, se a posição do bebê em relação a mãe está adequada. Tudo isso para estimular ao máximo a prática saudável do aleitamento que deveria ser em livre demanda e desde a sala de parto”, afirma Moises Chencinski.
O pediatra ainda irá questionar a mãe sobre a sua alimentação a fim de descobrir se ela é balanceada, se tem alguma restrição alimentar e irá ressaltar que o consumo de álcool não é orientado.
Outro assunto que será perguntado é se o bebê está tomando alguma suplementação. O profissional também pode querer saber se o bebê está ativo ou não, o quanto ele dorme de dia e de noite. “O pediatra pergunta tudo isso para entender como está a vida do bebê depois que saiu da maternidade”, explica Moises Chencinski.
Lembrando que neste momento é muito importante que os pais respondam as questões com o máximo de clareza possível, se necessário eles podem até dar exemplos sobre o que assunto em questão.
Uma vez que o pediatra termina de fazer suas perguntas, é a vez da mãe perguntar para o pediatra. ” O importante é que a mãe nessa e nas demais consultas esclareça todas as dúvidas que tiver”, diz Moises Chencinski.
Atualmente as mães podem obter informações sobre o mundo materno de diversas fontes. “O problema é que nem todas são apropriadas e nem éticas. Por isso, a mãe deve checar a informação com o pediatra e pedir que ele diga quais foram suas fontes”, conta Moises Chencinski.
As principais dúvidas dos pais costumam ser sobre vacinação, amamentação, ritmo intestinal e sono do bebê.
Uma vez que as dúvidas do pediatra e dos pais estão esclarecidas, este profissional irá examinar o bebê. “Ele pesa o bebê, mede, avalia o crânio, a partir do momento em que avalia tudo isso, coloca os dados em uma ficha e lê sua recomendação para os pais, diz Moises Chencinski.
As orientações do pediatra após a primeira consulta costumam ser: amamentar por livre demanda, ou seja, quando o bebê quiser, suplementação com vitamina D de 7 dias de vida até dois anos de idade. Ele também dirá quais os cuidados necessários com o coto umbilical, caso ainda tenha, quais as próximas vacinas, entre outras orientações.
Caso a mãe tenha muito leite, o pediatra costuma orientar a doação do leite materno. Basta entrar em contato com um banco de leite que estes profissionais darão a orientação sobre como retirar e armazenar este leite e irão até sua residência para recolhê-lo. Ao final da consulta, o pediatra irá agendar a próxima, que costuma ocorrer dentro de um mês, e também dirá quais devem ser as próximas vacinas do bebê.
As consultas seguintes costumam ser similares à primeira. “Muda quais serão as próximas vacinas recomendadas e provavelmente será cada vez menos necessário falar de amamentação porque a mãe e o bebê já estarão acostumados”, conta Moises Chencinski. Outra mudança é que além de acompanhar apenas o peso e altura do bebê, o pediatra passa a checar o desenvolvimento motor do pequeno. Com menos assuntos para serem abordados, as consultas costumam ser mais tranquilas.
Isto até a volta da mãe ao trabalho, que costuma ocorrer entre os quatro e seis meses do bebê. “Quando a mãe for voltar ao trabalho deve ser orientada sobre como coletar o leite. Este leite deve ser oferecido ao bebê no copinho e não na mamadeira e a chupeta deve ser evitada ao máximo”, explica Moises Chencinski. Veja como retirar e armazenar o leite materno aqui.
Aos seis meses do bebê também ocorrem novas orientações nas consultas ao pediatra. Isto porque nesta fase começa a introdução dos alimentos na dieta do bebê. Cabe ao pediatra explicar para os pais os detalhes sobre como esta introdução deve ser feita. Veja dicas sobre como introduzir os alimentos na dieta do bebê aqui.
É importante ressaltar que todas essas observações valem para quando o bebê está saudável, quando o pequeno fica doente outras consultas podem ser necessárias.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545