Do site Bolsa de Mulher / Bebê
Moisés Chencinski, pediatra membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo alerta para o risco da hiperestimulação e ensina um macete simples para descobrir qual é o melhor jeito de ensinar as crianças.
por Beatriz Helena
04/11/2015
Criar um filho é uma grande responsabilidade e o período está cercado de dúvidas. Com tantas informações e opiniões, as mães muitas vezes ficam perdidas quando se deparam com uma nova fase da criança e, pensando no bem delas, muitas vezes acham que acelerar o desenvolvimento é o melhor caminho. No entanto, Moisés Chencinski, pediatra membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo alerta para o risco da hiperestimulação e ensina um macete simples para descobrir qual é o melhor jeito de ensinar as crianças.
De acordo com o médico, a hiperestimulação é dada quando o adulto, sem intenção, estimula uma criança mais do que a fase em que ela está. O exemplo serve tanto para questões intelectuais como físicas. “Durante todo o desenvolvimento, a criança passa por fases psicológicas. Quando antecipamos o desenvolvimento de um tipo de habilidade, estamos pulando uma dessas fases”, afirma.
A consequência, como explica o especialista, pode ser percebida imediatamente, com a negação ou regressão da criança, como comumente acontece no desfralde, ou ainda impactar emocional e psicologicamente a criança. “Pular ou antecipar muito tempo uma fase certamente traz problemas emocionais para uma criança que pode, por exemplo, se tornar mais ansiosa ou insegura”, comenta o pediatra.
Para evitar que as famílias atendidas em seu consultório cometam o erro, Moisés brinca que ensina um macete a todos os cuidadores. “Eu falo como um mantra que o 'antes' e o 'mais' são as palavras mais prejudiciais para o desenvolvimento infantil”, mostra.
A brincadeira do médico tem relação com as frases comumente ditas em referência à criança, como “ele começou a andar antes que o vizinho” ou “ela consegue comer mais que a prima”. “Quando falamos isso em relação a uma criança, não estamos falando de nada bom. Se é 'antes', é porque não está na hora. Se é 'mais', é poque não está na medida certa”, explica.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545