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Repelente para crianças contra Zika e dengue: pode? Qual usar em cada idade?

Do site Bolsa de Mulher / Bebê

A dengue há muito tempo é um problema de saúde púbica no Brasil. O surto de microcefalia causado pelo Zika Vírus, tipo que também é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, no entanto, reascendeu o debate sobre o combate ao inseto e a prevenção das picadas.

por Redação

17/12/2015

É natural, neste cenário, que cuidadores se preocupem especialmente com as crianças. O repelente, apesar de ser um forte aliado para evitar as picadas, pode trazer impactos para a saúde dos pequenos. Por isso, os cuidados na hora da escolha e aplicação do produto devem ser minuciosos.

 

Bebês e crianças podem usar repelente?

Embora seja composto por diversas substâncias químicas que podem trazer impactos negativos à saúde, o repelente, se usado adequadamente e conforme indicação médica, pode evitar picadas de mosquitos transmissores de doenças e, nestes casos, apresentar mais benefícios do que riscos.

Para evitar intoxicações e alergias, no entanto, mães, pais e cuidadores precisam estar constantemente atentos ao tipo de produtos adequado para cada fixa etária a as formas corretas de aplicação.

Repelente para cada faixa etária


CRÉDITO: THINKSTOCK
Para a segurança dos pequenos a fórmula do produto deve ser adequada à faixa etária

Bebês até 6 meses

De acordo com o pediatra e homeopata Moisés Chencinski, bebês de até seis meses não podem usar nenhum tipo de repelente. Isto porque as substâncias podem ser extremamente nocivas para o corpinho que ainda está vulnerável e passando por uma intensa fase de desenvolvimento.

A solução, então, é evitar ambientes com muitos insetos, colocar telas nas portas e janelas, fechar a casa ao entardecer - período em que eles tendem a procurar por ambientes fechados -, usar mosquiteiros nas camas e berços e optar por roupas de manga longa.

Criança de 6 meses a 2 anos

Com a criança mais crescidinha, é possível usar um tipo de produto para espantar os mosquitos. A composição pode conter apenas o IR3535. Os produtos com esta formulação têm duração de até quatro horas e devem ser aplicados apenas uma vez ao dia.

Crianças de 2 a 7 anos

Para os pequenos com idade entre 2 e 7 anos as opções aumentam, mas ainda assim são restritas. Produtos com o IR3535 podem ser aplicados duas vezes ao dia. Já as fórmulas com Icaridima e DEET duram, respectivamente, até 10 e entre 4 e 6 horas e podem ser aplicadas até duas vezes ao dia.

Os produtos, no entanto, devem ser da categoria “infantil” por possuírem menor concentração das substâncias tóxicas.

Crianças de 7 a 12 anos

Crianças maiores, a partir dos 7 anos, podem usar qualquer tipo, desde que infantil, com Icaridima (duração de 10 horas), DEET (duração entre 4 e 6 horas) ou IR3535 (duração de até 4 horas). As aplicações nesta fase já podem ser de até três vezes ao dia.

Riscos 

O pediatra, no entanto, faz um alerta de que, mesmo o documento da Associação Brasileira de Dermatologia tendo recomendado a quantia específica, a prescrição do pediatra é essencial para a análise geral da criança e prescrição correta do produto.

Como aplicar repelente nas crianças?

Além de escolher o produto ideal, também é essencial ter cuidados na hora da aplicação. O dermatologista Rafael Cavanellas, da Clínica Fares, é quem dá as dicas.

• Não passar no rosto e nem nas mãos para evitar irritação dos olhos, boca e nariz;
• Após a aplicação, lavar as mãos para certificar-se de que a criança não levará substâncias à boca, olhos ou nariz;
• Não aplicar por baixo da roupa, apenas em áreas expostas;
• À noite, antes de dormir, um banho deve ser dado para que as substâncias não fiquem muito tempo na pele da criança. Mas, antes de colocá-la na cama, certifique-se de que não há insetos no lugar e use o mosquiteiro;
• Reaplique o produto de acordo com a indicação da embalagem e prescrição do pediatra.

Repelente em creme ou spray: qual é melhor?

Os especialistas também fazem recomendação sobre a textura do repelente. Produtos em creme podem ser melhor aplicados, já que ficam em áreas mais localizadas e, por isso, evitam a contaminação do ar ou da boca e dos olhos.

Repelentes naturais

De acordo com o pediatra Moises, não há porque não apostar nas receitas naturais, desde que elas não sejam prejudiciais, mesmo não tendo estudos suficientes para provar a eficácia.

Combate ao mosquito da dengue

Tão importante e mais efetivo que os cuidados para evitar as picadas é combater a procriação do mosquito. Por isso, eliminar foco de água parada tanto em casa como nas regiões próximas é essencial.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545