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Coisas que as mães de primeira viagem precisam saber

Do site Bebê Mamãe

Confira o que você precisa saber sobre amamentação, sentimentos na maternidade e muito mais

por Bruna Romanini

30/03/2016

Ser mãe ou pai de primeira viagem não é nada fácil. Por isso, selecionamos algumas coisas que as mães e pais de primeira viagem precisam saber para lidar bem com os cuidados com o seu bebê.

Amamentar nem sempre é fácil, mas vale a pena insistir

Ao contrário do que muitos dizem, amamentar nem sempre é algo muito tranquilo ou prazeroso de se fazer. “Aleitamento materno é absolutamente natural, mas não necessariamente é simples ou fácil”, observa o pediatra Moises Chencinski, criador da campanha #euapoioleitematerno.

As dificuldades para amamentar ocorrem especialmente no começo. É normal nas primeiras mamadas a mãe ter uma certa sensibilidade. A dor ao amamentar também pode ocorrer, mas isto requer uma atenção especial. “A amamentação não deve doer. Suportar a dor é dar oportunidade para que uma lesão se instale. Mude a posição, corrija a pega, não tolere a dor”, explica enfermeira obstetra Cinthia Calsinski.

Lembre-se que amamentar proporciona uma série de benefícios para a mãe e o bebê, por isso, é importante insistir. Uma vez superadas as dificuldades, aí sim, amamentar se torna um grande prazer e algo simples de se fazer. 

Não leve palpites tão a sério

É importante não levar os palpites tão a sério. “Os avós sempre têm a sua experiência baseada naquilo que aprenderam 20/30 anos atrás, ouvir os avós não vai fazer mal, mas também é essencial conversar com o seu pediatra e ao procurar informações na internet em fontes seguras, no site da Sociedade Brasileira de Pediatria ou em locais onde há pediatras que confie”, destaca o pediatra Moises Chencinski.

Evite as comparações

É importante não comparar o desenvolvimento do seu bebê com o dos demais bebês. “Cada bebê tem seu modo de desenvolvimento, tipo de alimentação, para se ter uma ideia, ele pode falar entre nove meses e dois anos”, conta o Moises Chencinski.

Além disso, saiba que o fato do seu bebê fazer algo depois de outra criança não significa absolutamente nada. “Fazer as coisas antes não mostra nada, não quer dizer que o bebê é mais esperto, no máximo pode significar que tem mais estímulo, mas mesmo estímulo em excesso não é bom”, destaca Moises Chencinski.

É normal ficar confusa e com medo

Os primeiros dias com o bebê não são nada fáceis. Afinal, trata-se de um ser frágil e que depende dos pais para absolutamente tudo. Por isso, sentir medo e ficar um pouco confusa é complemente natural. Nenhuma mãe ou pai nasce sabendo. Vocês irão aprender junto com o seu bebê com o passar do tempo.

É normal se sentir um pouco triste

É normal a mulher sentir tristeza, abatimento ou dúvidas durante o pós-parto. Sentir uma tristeza um pouco mais intensa não significa necessariamente que a mulher está passando pela depressão no pós-parto, é mais provável que seja o baby blues. “Trata-se de um humor triste, a mulher fica com dúvidas se vai ser uma boa mãe, a diferença entre a depressão é que no baby blues o sofrimento não é tão grande, não há pensamentos suicidas ou homicidas e o quadro regride sozinho ao longo do primeiro mês de vida do bebê”, explica a psicóloga Vera Iaconelli, diretora do Instituto Brasileiro de Psicologia Perinatal – Gerar e doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo. O baby blues atinge cerca de 50 a 80% das mães. Saiba mais sobre o assunto aqui.

O amor nem sempre surge no nascimento

De fato, quando o bebê nasce, a mãe e o pai sentem muito amor por este ser pequenino. Porém, é importante entender que o amor pelo bebê é uma construção, assim como foi uma construção o amor pelo seu companheiro, pelos seus amigos, etc. “Ao nascer o bebê é um estranho que você está começando a conhecer”, destaca a psicóloga Vera Iaconelli. Com o tempo, pais e filhos vão se conhecendo melhor e o amor irá aumentar e se fortalecer cada vez mais.

Não há problemas em pedir ajuda

Não só não há problemas, como também é essencial pedir ajuda na hora de cuidar do bebê. Contar com a ajuda do marido e familiares para cuidar do bebê, especialmente nos primeiros meses, é essencial. Afinal, cuidar de um bebê não é fácil, é preciso acordar com frequência, se adaptar à amamentação, à nova rotina e muito mais. “A mãe está no pós-parto e tem que lidar com muitas mudanças ao mesmo tempo. Como por exemplo as hormonais, que pode levar a um quadro de depressão agravado pela falta de sono. A própria alteração do período de sono. O novo papel que ela tem que desempenhar como mãe de um recém-nascido. E por aí vai…”, observa psicopedagoga Rosângela Hasegawa, diretora do Evolve Berçário e Colégio Infantil.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545