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Dicas de como pedalar com criança na bike

Do site Prólogo Ativo

Seja para passear no fim de semana ou se locomover na cidade, veja os cuidados essenciais para pedalar com seu filho em segurança

por Paula Ricupero

05/05/2016

Tem sido cada vez mais comum ver pais levando seus filhos em suas bicicletas, seja para darem um passeio no fim de semana ou para se locomoverem na cidade. A prática traz uma série de benefícios aos adultos, que podem passar mais tempo com os seus pequenos, como para as crianças, que aprendem desde cedo a serem mais ativas.

Contudo, para se tornar algo prazeroso e saudável, uma série de cuidados devem ser levados em conta na hora de sair para pedalar com o filho. Confira a seguir algumas dicas importantes para pais ciclistas de primeira viagem:

Idade certa
De acordo com o pediatra Moises Chencinski, o ideal é que o pai ou a mãe comece a levar o filho para passear na bike quando ele já consegue ficar sentado sozinho de maneira adequada. “Mesmo que o equipamento ofereça certa estabilidade à criança, é importante que ela tenha desenvolvido um bom equilíbrio”, comenta o especialista. “Minha recomendação é que se espere a criança ter um ano para começar a levá-la nesses passeios”.

A escolha da cadeirinha
Silvia Ballan, ciclista urbana há mais de 25 anos, explica que há dois tipos de cadeirinha: as que vão na frente da bicicleta, e que comportam crianças até 15 kg, e as que vão atrás, capazes de transportar pequenos caronistas de até 35 kg. “Na hora da compra, é preciso ficar atento à capacidade máxima de cada modelo para não adquirir o produto errado”, alerta Silvia, que leva todos os dias sua filha mais nova para a escola de bike. “É um momento simples de locomoção, mas que se transforma em alegria, sem falar que é uma verdadeira aula de cidadania para ela”.

Segundo a ciclista, a escolha do modelo vai depender das características da bike, como altura do guidão e ângulo do quadro. “No caso das cadeirinhas dianteiras, o comprimento dos braços do ciclista também vai interferir na escolha”, diz ela, que já testou mais de oito marcas, tendo já reprovado algumas delas. “Pela minha experiência, é comum pedirem a minha opinião e as duas marcas que sempre indico são a Polisport e a Bobike”.

Seja qual marca e modelo o ciclista for escolher, o importante é testar o produto antes para ver se encaixa bem na magrela e se oferece conforto à criança. “E na hora de fixar o acessório, fique atento ao manual, que deve ser seguido à risca, evitando qualquer adaptação ou gambiarra”, ressalta a ciclista.

Período de adaptação
Segurança e confiança são essenciais na hora de sair para pedalar, principalmente na companhia de uma criança, e a dica para conquistar isso é treinar. No início, o ciclista vai estranhar o peso extra na bike, pois afeta um pouco o equilíbrio, então até que ele esteja acostumado com essa mudança, o recomendado é não arriscar-se no trânsito. Uma sugestão é treinar aos finais de semana em horários que ruas e parques estejam tranquilos. “Até pegar o jeito, é bom fugir de trajetos com muitas subidas e descidas”, aconselha Silvia.

Detalhes que fazem a diferença
O balanço do passeio pode dar sono na criança e fazê-la dormir. Se ela ainda for muito pequena e os pais puderem esperar, o ideal é interromper o passeio e deixá-la tirar uma soneca. Se não for possível aguardar ou não achar necessário, uma alternativa, segundo Silvia, é colocar aquelas almofadinhas infláveis de pescoço. “São fáceis de achar e não ocupam espaço na mochila”.

Outra dica importante é em relação ao horário. É bom evitar sair quando o sol está muito forte e em períodos de grande congestionamento por causa da poluição. “Não pode esquecer também de sempre levar no passeio uma garrafinha de água”, alerta o pediatra.

Atenção redobrada
Com ou sem uma criança, todo ciclista precisa de muito cuidado na hora de encarar as ruas. A ciclista conta que já passou por momentos de apreensão, quando carros não respeitaram a distância mínima ou passaram por ela em alta velocidade. “Sinto que os motoristas respeitam mais ao verem que estou com minha filha, mas acredito também naquela ideia de que gentileza gera gentileza”.

Fontes: Moises Chencinski, membro do departamento de pediatria ambulatorial e cuidados primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo; Silvia Ballan, ciclista urbana há mais de 25 anos e autora do blog “Silvia e Nina”

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545