Do site Bebê Mamãe
Os bebês demonstram o amor de uma maneira diferente dos adultos. “É um amor calcado na possessividade, como se os pais fossem parte dele."
por Bruna Romanini
20/09/2016
Foto: Getty Images
Não é esse amor que a gente vê hoje, como um ser separado”, explica a psicóloga e psicopedagoga Ana Cássia Maturano, coautora do livro Puericultura – Princípios e Práticas (editora Atheneu).
Essa possessividade do bebê em relação aos pais, especialmente à mãe, é natural. É importante lembrar que o pequeno passou seus primeiros meses de existência dentro do útero da mãe, então a ideia de ser uma pessoa separada dela é nova. “O primeiro objeto de amor é a mãe. No início, é como se o bebe ainda se confundisse com ela. Ele não faz essa distinção, é como se fosse uma coisa só”, constata Ana Cássia Maturano.
O amor do bebê nos primeiros meses também está muito ligado a segurança que ele sente quando está na presença dos pais. “Tem mais a ver com essa segurança e que, como ainda se sente parte da mãe, há a sensação de que parte de mim está nela. É um amor mais possessivo, mais do que essa coisa carinhosa”, afirma Ana Cássia Maturano.
Algumas das demonstrações deste amor do bebê são:
Troca de olhares
Seu bebê fica te olhando enquanto está mamando? Esta é uma grande demonstração de amor! A troca de olhares entre mãe e filho é essencial para o fortalecimento do vínculo. Nos primeiros dois meses de vida, o bebê não enxerga bem e consegue ter uma noção de claro e escuro. Quando está mamando, o bebê é capaz de enxergar até onde estão os olhos da mãe. “Por isso que eu não oriento cobrir o rosto do bebê quando se está amamentando, esta atitude impede a troca de olhares entre mãe e bebê e consequentemente prejudica a formação do vínculo”, explica o pediatra Moisés Chencinski, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545