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Cuidado com a segurança do sono das crianças!

Do site da Revista Pense Leve

Estudo revela que grande parte dos pais negligencia práticas seguras na hora de colocar os pequenos para dormir

por Ana Beatriz Pereira

01/11/2016



Recentemente, um estudo publicado pela Academia Americana de Pediatria (AAP) revelou que a grande maioria das crianças dorme em ambientes inseguros ou posições que podem causar a síndrome da morte súbita infantil (SMSI) – diagnóstico dado quando um bebê vai a óbito sem nenhum motivo aparente. A pesquisa foi realizada por meio da análise de vídeos de crianças de um, três e seis meses de vida de pais voluntários. A observação permitiu que os especialistas comparassem as imagens obtidas com as diretrizes recomendadas para um sono seguro. “A maioria dos pais, mesmo quando ciente de que estava sendo gravada, colocou as crianças em ambiente com fatores de risco estabelecidos para óbitos infantis relacionados ao sono, incluindo o posicionamento da criança de lado ou de bruços; em superfícies macias; camas soltas e etc.”, comenta Moises Chencinski, pediatra e homeopata membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria, de São Paulo (SP).

Dos 167 bebês avaliados, os pesquisadores puderam concluir que 91% dos que tinham um mês de idade dormiam com itens soltos e não aprovados, como roupas de cama inapropriadas, excesso de almofadas e bichos de pelúcia. As mesmas circunstâncias se aplicavam à 87% dos de três meses de vida e 93% dos que tinham seis meses. Além disso, menos da metade dos bebês observados estavam em superfícies aconselháveis e 14% dos mais novos, 18% dos de três meses e 33% dos de seis não foram colocados para dormir com a barriga para cima – uma das recomendações de segurança da AAP (Academia Americana de Pediatria). Afora isso, muitos dos bebês foram movidos durante a noite, o que resultou em situações de sono ainda mais perigosas do que antes. O estudo mostra dados mais reais acerca dos riscos ao dormir, uma vez que as pesquisas anteriores se embasavam apenas em relatos dos pais. Embora a entidade venha fazendo esforços para melhorar a conscientização sobre o sono seguro desde 1992, ainda há muito a ser feito. “É preciso reduzir as taxas de risco investigando as crenças parentais e compreendendo a aplicabilidade das diretrizes de sono seguras com o objetivo de desenvolver materiais e intervenções educativas mais eficazes”, conclui o pediatra.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545