Do site Alto Astral
Um estudo feito nos Estados Unidos no ano passado mostrou que um terço das mães não se importaria em dar ao seu bebê leite materno sem ser de bancos oficiais. Elas disseram não ver problema em dar ao seu bebê leite comprado pela internet.
por Denis Eric
16/02/2017
Além disso, o estudo revela que a maioria das mães de primeira viagem aprenderam sobre compartilhamento de leite com amigos ou parentes – um número pequeno de mulheres compartilha leite com ambos – mas são poucas as mulheres que discutem essa opção com seu médico antes de tomar essa atitude.
Segundo os pesquisadores, o estudo é uma tentativa de entender o comportamento de milhares de americanas (tal atitude pode crescer entre as brasileiras) visando saber como os profissionais de saúde e as mães, em conjunto, podem tomar melhores decisões para si mesmas e seus bebês. “O estudo descobriu que amigos, parentes e os meios de comunicação desempenham um papel importante na educação e no diálogo em torno do compartilhamento de leite materno, mas que os profissionais de saúde estão sendo deixados de fora desse processo”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.
Outros estudos, conduzidos pelo mesmo grupo de pesquisadores, mostraram que o leite materno adquirido através da internet é muitas vezes contaminado com leite de vaca, produtos químicos ou bactérias causadoras de doenças. “Bancos de leite sem fins lucrativos nos Estados Unidos fazem um trabalho rigoroso de triagem de doadores e de purificação do leite materno, mas porque há tão pouco leite doado, a grande maioria é dada a bebês prematuros hospitalizados. Os bancos de leite chegam a cobrar quatro dólares por 30 mililitros, o que é muito caro para muitas famílias, e leva algumas mulheres a recorrerem à internet para comprar leite de estranhas ou buscá-lo entre amigas ou parentes”, explica o médico.
Cuidados
Os perigos são evidentes e para evitar o risco de prejudicar a saúde do bebê confira as dicas abaixo a cerca da doação e do consumo de leite materno:
Vírus: o leite materno de um banco recebe tratamentos que um leite doado pela internet não tem, por isso a exposição aos vírus que a criança sofre é maior nesse tipo de compartilhamento. Por exemplo, o HIV pode ser transmitido numa amamentação e desconhecer a saúde da mãe que está do outro lado é muito perigoso;
Drogas: elas também podem chegar no bebê por meio do leite;
Qualidade: o leite vendido num banco passa por um longo processo que envolve seleção, classificação e pasteurização, o que certifica sua qualidade para o consumo. O mesmo não pode ser dito do vendido na internet. Para saber mais, consulte o site oficial da rede brasileira de bancos de leite humano.
Consultoria Moises Chencinski, pediatra e homeopata
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545