Do site da Revista Pense Leve
Estudo mostra como o alimento contribui para o crescimento, defesa e saúde do coração
por Redação
14/04/2017
Estudos mostram que, na fase adulta, o coração de pessoas que nasceram prematuras têm câmaras menores, paredes mais espessas e função reduzida. Essas alterações no coração surgem nos primeiros meses após o nascimento, por isso, pesquisadores da Universidade de Oxford decidiram explorar se a forma como o bebê era alimentado poderia ser capaz de alterar a forma como o coração se desenvolveria.
“O estudo publicado na revista Pediatrics mostrou que aqueles que tinham nascido prematuramente tinham volumes e função cardíacos reduzidos em relação aos nascidos a termo. Essa redução foi consideravelmente menor em pessoas que tinham sido alimentadas exclusivamente com leite materno em comparação com aquelas alimentadas apenas com leite em pó. Além disso, aqueles que foram alimentados com uma combinação de leite materno e fórmula, e que consumiram mais leite materno tinham uma melhor estrutura e função do coração na fase adulta”, afirma o pediatra Moises Chencinski, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SP).
Depois de analisar os resultados para levar em conta outros fatores que podem ter afetado o volume e a função do coração, a amamentação e a quantidade de leite materno na dieta ainda estavam claramente associadas a uma melhora no volume e na função do coração quando comparados com a alimentação com fórmula. “Segundo os autores, mesmo a melhor fórmula carece de alguns dos fatores de crescimento, enzimas e anticorpos que o leite materno fornece aos bebês em desenvolvimento. Estes resultados mostram que a amamentação é capaz de melhorar o desenvolvimento do coração mesmo em pessoas cujo nascimento prematuro poderia afetá-lo”, afirma o médico.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545