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Estudo sobre a morte de bebês revela práticas perigosas em relação ao sono entre babás e parentes (1)

Do site JorNow

“Em suma, o estudo faz o seguinte alerta: se outra pessoa - uma babá, parente ou amiga - estiver cuidando do bebê, por favor, certifique-se de que ela sabe colocar a criança para dormir em um berço”, explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

por Márcia Wirth

16/05/2018

Bebês que morreram durante o sono, enquanto eram vigiados por alguém que não os pais, muitas vezes, foram colocados em posições de sono inseguras, como dormir com a barriga para baixo (sobre o estômago), ou em locais inseguros, como um sofá, aponta um novo estudo.

Em resposta aos achados preocupantes, os pesquisadores estão incentivando os pais a educar qualquer pessoa que cuide de seus filhos sobre práticas seguras de sono e o risco de Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI), principal causa de morte entre bebês de um mês a um ano de idade. 

“Em suma, o estudo faz o seguinte alerta: se outra pessoa - uma babá, parente ou amiga - estiver cuidando do bebê, por favor, certifique-se de que ela sabe colocar a criança para dormir em um berço”, explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Redução do risco de síndrome de morte súbita infantil

Os autores do estudo revisaram mais de 10.000 mortes infantis e descobriram que 1.375 ocorreram quando um dos pais não estava presente. Dentre esses 1.375 casos, eles conseguiram determinar que:

1. Os bebês eram menos propensos a serem colocados na posição supina recomendada (de costas) pela Academia Americana de Pediatria (AAP), do que quando sob cuidados parentais;
2. Os bebês eram mais propensos a serem colocados em ambientes de sono com objetos que poderiam ser perigosos. A AAP recomenda que os espaços para dormir sejam livres de brinquedos e de roupas de cama macias, incluindo cobertores e lençóis para dormir;
3. 72,5% dos prestadores de cuidados infantis licenciados colocaram os bebês no berço, conforme o recomendado. Entre as babás, esse número foi de 49,1%. Entre os parentes, o número foi de apenas 29,4% e entre os amigos, 27,1%;
4. 54,1% dos prestadores de cuidados infantis colocaram as crianças na posição supina recomendada (de costas), em comparação com 38,4% dos familiares, 38,6% dos amigos e 37,8% das babás;
5. As mortes sob a supervisão de amigos e parentes eram mais prováveis de ocorrer enquanto os bebês eram mantidos ou colocados em uma cama de adulto.

“Muitos parentes e amigos podem não estar cientes de que os bebês estão mais seguros quando deitados na posição supina recomendada (de costas). Eles podem ter criado seus filhos antes de saberem que isso era mais seguro”, diz o pediatra Moises Chencinski.

Esforços para prevenir a morte súbita infantil

Mesmo diante de conclusão que pode preocupar os pais, o estudo traz algumas notícias encorajadoras: enquanto estudos anteriores descobriram que muitos provedores de cuidados infantis licenciados colocavam os bebês para dormir com o estômago para baixo, os pesquisadores, desta vez, notaram que esse mesmo grupo era agora o supervisor não-parental mais provável de colocar os bebês na posição de dormir recomendada. Eles sugerem que isso pode ser resultado dos esforços educacionais da campanha nacional Safe to Sleep e das mudanças nas regulamentações estaduais nos Estados Unidos.

“Ao deixar o bebê aos cuidados de outrem, é sempre prudente discutir onde e como ele deve dormir. Assim, os pais não farão suposições de que a pessoa com quem seu bebê está saberá o que é mais seguro”, defende o pediatra.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545