Do site do HCFaculdade de Medicina de Botucatu
A amamentação é a base da vida. Ela previne a fome e a desnutrição em todas as suas formas e garante a segurança alimentar dos lactentes. A campanha Agosto Dourado foi criada com o intuito de incentivo à amamentação, doação de leite humano e educação das mães ao aleitamento.
por Maíra Masiero
20/08/2018
Durante a Semana Mundial de Aleitamento materno, a equipe do Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), em parceria com Rotary Clube Botucatu Bons Ares, Malu Ornelas e Supermercados Confiança, promoveu algumas atividades para conscientizar a população.
Na última quinta-feira, 16, foi realizada no Salão Nobre da FMB, uma tarde de palestras de sensibilização em prol do aleitamento materno, com a organização do Núcleo de Capacitação e Desenvolvimento de Recursos Humanos (NUCADE-RH) do HCFMB. Na ocasião estiveram presentes profissionais da saúde, alunos da graduação e pós-graduação, funcionários e mães.
Danielle Marinho Viegas Emílio, psicóloga, mestre em saúde coletiva e técnica em Banco de Leite, ministrou a palestra “Fatores associados à autoeficácia para amamentação de mães de bebês prematuros”. Ela afirmou que, com o passar do tempo, o poder público desenvolveu diversos meios de incentivo ao aleitamento materno. “Na década de 1960, o Ministério da Saúde desenvolveu campanhas para aumentar os índices de aleitamento materno. Em 1986, 3,6% dos bebês menores de quatro meses mamavam exclusivamente no peito, e em 2006 esse número subiu para 48%. Em Botucatu, um estudo realizado em 2007, constatou que 38% dos bebês menores de quatro meses mamavam exclusivamente no peito. Portanto, quanto maior incentivo à autoeficácia dessas mulheres, maior será o tempo que elas passarão amamentando”, explica.
A segunda palestra da tarde foi ministrada pela Dra. Andrea Penha Spinola Fernandes, coordenadora do Centro de Referência de Banco de Leite Humano da Região Metropolitana/SP. O tema abordado foi “Leite humano para prematuros: mitos e desafios”. Andrea relata que nem sempre os bebês internados têm disponível o leite da própria mãe. “Nesses casos recorremos ao leite de doadoras, e em último caso, ao uso da fórmula. O leite humano é a única substância bioativa essencial para o sistema imune e digestivo do recém-nascido. Se nutrirmos adequadamente os bebês prematuros, as intercorrências e a morbidade do período neonatal serão reduzidos”.
A palestra que fechou a tarde foi: “Amamentação é a Base da Vida”, apresentada pelo Dr. Yechiel Moises Chencinski, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno SP, criador e incentivador do movimento: Eu apoio leite materno. O palestrante fez um panorama do cenário mundial sobre o aleitamento, apresentou documentos e conquistas que tais ações adquiriram com o tempo. “Amamentar nem sempre é fácil, muitas mulheres encontram dificuldades, dores e falta de conhecimento neste momento. Por isso, devemos falar sobre aleitamento materno não só durante a semana ou mês de campanhas, temos que abordar este assunto todos os dias. A educação dessas mães trará diversos benefícios a elas e aos bebês. Afinal, a amamentação é a base da vida”, conclui.
O que é preciso para doar leite materno?
Mulheres em período de amamentação, em boas condições de saúde, não fumantes, não usuárias de drogas ou que não façam uso excessivo de álcool estão aptas à doação de leite materno. As mães interessadas devem:
– Entrar em contato com o Banco de Leite Humano do HCFMB para efetuar sua inscrição como Mães Doadoras de Leite Humano;
– Informar seus dados: nome completo, endereço atualizado, telefone, cidade e principalmente se a mãe está amamentando seu próprio filho.
– Programar a data da primeira visita no domicílio para receber as orientações de retirada do Kit de Coleta de Leite e conhecer todo o trabalho de atenção dispensada pela equipe do BLH.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545