Do site da Revista Pais & Filhos
Casos de engasgo crescem muito. SAIBA COMO PROTEGER SEU FILHO
por Izabel Gimenez
11/07/2019
Uma pesquisa publicada pela revista Pediatrics mostrou que a quantidade de crianças que foram levadas às pressas para os hospitais depois de engolir objetos como moedas, brinquedos e moedas dobrou nos últimos 20 anos. Em 2015 foram registratas quase 43 mil ocorrências desse tipo com crianças menores de 6 anos em comparação a 22 mil casos em 1995! Esses números são alarmantes e precisam servir de alerta aos pais.
A ONG Criança Segura – Mundial, parceira da Pais&Filhos, recomenda que os pais estejam sempre muito atentos e evitem dar esses objetos para os filhos. “Para prevenir esse tipo de ocorrência em casa, tente ver o mundo pelo ponto de vista de uma criança: mantenha objetos pequenos, como moedas, baterias, ímãs, botões ou joias fora do alcance e da vista”, orienta o pedriatra.
A gente sabe que tudo é motivo de curiosidade das crianças, principalmente objetos pequenos e coloridos. E qual é a primeira coisa que elas fazem? Levam pra boca. É a forma delas de explorar, de descobrir. A sufocação é a principal causa de mortes por acidentes em menores de 1 ano, segundo a ONG Criança Segura. Ainda de acordo com a ONG, 68% das crianças dessa idade que sofrem esse tipo de acidente não sobrevivem. Ou seja: todo cuidado é pouco! Os objetos que são engolidos e seguem o mesmo caminho dos alimentos, em geral, passam despercebidos, sem nenhum sintoma aparente. Já os que são aspirados ou por algum outro motivo seguem para as vias aéreas, podem causar falta de ar e sufocamento.
Separamos algumas dicas para evitar diversas situações perigosas no dia a dia:
Na hora de trocar: nos primeiros meses de vida o mais comum é que o recém-nascido se engasgue com leite, chá e talcos. O talco por sinal, apesar do costume das nossas avós, não é recomendável, pois mesmo com todos os cuidado é um pó extremamente fino, de material não absorvível, que pode ser facilmente inalado.
Na hora de tomar leite: quanto ao leite o maior perigo está ligado àquele comum regurgitar dos recém-nascidos após mamar. É preciso lembrar de deitá-los de lado ou de costas de forma que a cabeça e o tronco fiquem mais elevados que os pés, para evitar que eles engasguem ou aspirem esse leite.
No quarto: na hora de dormir nada daquele monte de bichinhos de pelúcia nem de muitos cobertores. Cobertas, fraldas, travesseiros e brinquedos que ficam soltos no berço também representam perigo para as crianças. Brincando ou dormindo os bebês podem acabar se sufocando com eles, principalmente quando ainda não tem força para se virar sozinhos.
Na hora da chupeta: é importante também estar atento aos cordões de roupas, correntinhas e até as fitinhas de chupeta, pois as crianças podem acabar se enroscando com eles, correndo o risco de sofrer uma asfixia por enforcamento.
Na hora de comer: é bastante comum que as crianças se engasguem ou até mesmo aspirem caroços de frutas ou grãos, como feijão, milho, amendoim ou ervilha. Para evitar essas situações, vale lembrar que o ideal é que elas comam sempre sentadas e não enquanto brincam. É importante amassar ou desfiar as fibras dos alimentos antes de oferecê-los as crianças, garantindo assim que elas consigam engolir o pedaço sem dificuldade.
Na hora de brincar: crianças costumam colocar tudo o que encontram na boca e, por isso, é bastante comum que elas ingiram ou até mesmo aspirem peças pequenas de brinquedos. Assim, devemos ficar sempre atentos à idade recomendada na embalagem e evite comprar brinquedos de origem desconhecida, que não sofreram nenhum processo de avaliação que verifique a segurança dos mesmos.
Na hora de mexer nas suas coisas: além dos brinquedos, todo outro objeto suficientemente pequeno para ser colocado na boca pode representar perigo para as crianças. Elas podem engolir anéis, brincos, moedas e até mesmo tampas de canetas. A dica é colocar seus objetos pequenos fora do alcance das crianças e bem longe das gavetas de brinquedo e dos trocadores.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545