Do site da Crescer
Você sabe a quantidade de benefícios da amamentação para você, mãe?
por Dr. Moises Chencinski - Colunista
13/01/2022
Aleitamento materno também é ciência.
CIÊNCIA
Ramo específico do conhecimento, caracterizado por seu princípio empírico (experimental, prático) e lógico, com base em provas concretas, que legitima sua validade.
Por incrível que pareça (ou não), ainda aparecem, com frequência, “novidades” a respeito dos benefícios do aleitamento materno. Em grande parte dos estudos, nas recomendações finais, é reforçada a importância da divulgação desses resultados, para embasar a decisão das mães em relação à amamentação.
As pesquisas abordam a relação do leite de mãe com a saúde materno-infantil, diminuição de adoecimento e mortalidade, preservação do meio ambiente, ganhos econômicos, sociais e, sempre, de forma positiva.
Amamentar é associado à diminuição do risco materno de câncer de mama, câncer de ovário e diabetes tipo 2, além de depressão pós-parto, como já publicamos por aqui algumas vezes.
Dessa vez, os pesquisadores fizeram uma revisão de 8 estudos selecionados, que envolveram um total de 1.192.700 mulheres que tiveram filhos e avaliaram a associação da amamentação com os riscos maternos de doença cardiovascular (DCV), ou seja, doenças coronárias, acidente vascular cerebral e doenças cardiovasculares fatais.
Surpresa? Nenhuma.
Esse artigo publicado recentemente (11/01/2022) no JAHA (Journal of the American Heart Association), traz as seguintes afirmações:
“Em nossa revisão sistemática e meta-análise de 8 estudos e mais de 1 milhão de mulheres que pariram, descobrimos que as mulheres que amamentaram tinham um risco menor de doenças cardiovasculares futuras, doenças coronárias, acidente vascular cerebral e doenças cardiovasculares fatais.
Encontramos uma redução progressiva do risco cardiovascular com a duração da amamentação ao longo da vida de até 12 meses.”
Simples assim?
Lógico que não. Se fosse fácil, já teríamos atingido metas mais pretensiosas de aleitamento materno no Brasil e no mundo. Afinal, que mulher não deseja ter saúde e que mãe não deseja o melhor para sua cria?
Então, onde podemos mudar?
Esse estudo importante traz algumas “revelações” interessantes, mostrando que isso, não acontece só aqui (negrito é meu) e que há possibilidades de mudanças.
“A decisão de iniciar a amamentação é afetada por uma variedade multifacetada de fatores, incluindo, por exemplo, a situação de trabalho da mulher, experiências de parentes e fatores de nível individual, como tabagismo, excesso de peso e depressão. Várias intervenções demonstraram ter um efeito positivo no início e na continuação da amamentação, incluindo educação e apoio dos sistemas de saúde, apoio pré-natal e pós-natal às famílias e um ambiente de trabalho favorável à amamentação, entre outros. intervenções para promover e facilitar o aleitamento materno.”
E uma recomendação importante do estudo, que é a nossa intenção aqui, e vai permanecer em 2.022 (e 2.023, 2.024... já entendeu, né?):
“Os efeitos positivos do aleitamento materno nas mães precisam ser comunicados de forma eficaz, a conscientização sobre as recomendações sobre aleitamento materno precisa ser aumentada e as intervenções para promover e facilitar a amamentação precisam ser implementadas e reforçadas.”
Te faço um convite.
Divulgue essa informação para quem você conhecer que esteja grávida ou para quem estiver buscando informações sobre amamentação.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545