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Aleitamento Materno: O “Padrão Ouro” Na Prevenção Da Alergia

Do blog Convivendo com Alergia e também no face Convivendo com alergia

Pedimos ao nosso colaborador Dr. Moises Chencinski Pediatra e homeopata para nos contar um pouco sobre a importância do Aleitamento Materno e a Prevenção de Alergias.

26/05/2014

Aleitamento materno desde a primeira hora de vida, exclusivo e em livre-demanda até o 6º mês estendido até 2 anos ou mais. Não dá pra não falar sobre isso. Mas, apesar de todos os benefícios conhecidos e amplamente divulgados, a taxa de AME no Brasil é ainda muito baixa (52 dias) e aos 6 meses apenas 41% das crianças ainda estão em AME.

Entre as muitas vantagens já tão faladas e comprovadas, vale ressaltar a proteção contra alergias, cada dia mais comprovada. A Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia (AAAAI), por exemplo, cita o AME até o 4º ao 6º meses como uma das poucas recomendações de prevenção eficaz de infecções pulmonares, protegendo, assim o aparecimento posterior de asma.

A oferta de pequenas quantidades de leite de vaca nos primeiros dias de vida aumenta o risco de sensibilização à proteína presente nas fórmulas infantis. Assim apenas uma mamadeira (Just one bottle), aquela que é dada na maternidade, muitas vezes sem autorização dos pais ou recomendação dos pediatras, pode trazer prejuízos importantes na vida alimentar do bebê.

A Sociedade Brasileira de Pediatria, em matérias de seu departamento de Alergia e Imunologia ou através do SBP Ciência, ainda defende o AME até o 6º mês como fator de proteção contra infecções e alergias alimentares, assim como a OMS. Essa recomendação é baseada em estudos que mostram, por exemplo, diminuição de APLV, dermatite atópica, asma, entre outros (VAN ODIJK et al., 2003). Dessa forma, aguardar até o 6º mês para a de outros alimentos na dieta da criança pode prevenir o aparecimento de alergias, principalmente naquelas com histórico familiar positivo para esses quadros.

Uma vez que não existem tratamentos específicos para todas as formas de alergia, a prevenção ainda é a melhor forma de intervenção, a começar pelos cuidados DE pré-natal, a busca do parto normal (propiciando uma colonização intestinal com uma microbiota adequada, melhor do que no parto cesariana) e no aleitamento materno, que é considerado o “padrão ouro” na nutrição infantil de forma unânime em consensos nacionais e internacionais, de forma exclusiva até os seis meses de vida e, segundo orientações da Organização Mundial de Saúde, até os dois anos ou mais como complemento da alimentação sólida.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545