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O medicamento homeopático: mágica ou ciência?

Do site Minha Vida

Único e intransferível, além de receitado após uma consulta específica

10/01/2008

Cada medicamente é exato para um determinado quadro e para aquele momento. Assim, é preciso que seja manipulado por profissional farmacêutico habilitado a fabricá-lo, estocá-lo e dispensá-lo de forma adequada e que esteja apto a prestar os esclarecimentos necessários. 

O medicamento homeopático pode ser feito de plantas, animais, minerais. Ele é muito diluído e, desta forma, não vai fazer mal ao doente (da forma que se imagina, com efeitos colaterais ou intoxicação). Além de diluído ele é energizado (sucussionado). Isto quer dizer agitado, batido. 

Exemplo de uma forma de preparo do medicamento homeopático.

Pega-se uma parte da substância que vai ser transformada em remédio de homeopatia (veneno de cobra). Dilui-se em 99 partes de álcool e se bate (sucussiona) 100 vezes. Este é o 1 CH (Centesimal Hahnemanniana). Pega-se uma parte desta solução e dilui-se em mais 99 partes de álcool, bate-se mais 100 vezes e este é o 2 CH. Assim vai, até chegar no CH que queremos receitar. A isto, chamamos potência do remédio. Há outras formas de potências de medicamentos homeopáticos (LM, D, FC, por exemplo), mas todas são preparadas sob o conceito de diluição (ou trituração em lactose) e sucussão (o que é igual a dinamização). 

Para quem conhece, ou se lembra um pouco do cursinho, das aulas de química, quando se faz isso 12 vezes (12 CH), não há mais matéria, só a energia proveniente da substância original. Este é o número de Avogadro. 

O remédio homeopático pode ser administrado em gotas, pastilhas, glóbulos ou papel (esta forma é não é tão utilizada em São Paulo). 

Eu prefiro prescrever os medicamentos homeopáticos em líquido (gotas e dose única). O único inconveniente é que ele é feito em base alcoólica e o gosto pode ser um pouco forte. Assim, sugiro sua diluição em um pouco de água (apenas o suficiente para tirar o gosto). Caso o gosto não incomode, como o número de gotas é pequeno (de 2 a 6), pode-se colocar direto na boca (mesmo da criança). Fique tranqüilo. Não há nenhum caso descrito na literatura homeopática sobre alguma criança (ou mesmo adulto) que tenha ficado dependente de álcool pelo uso do medicamento homeopático. 

Outra forma que eu prescrevo, em algumas situações, são os glóbulos. Eles precisam ser chupados e não podem ser mordidos. Dependendo da situação, pode-se diluir os glóbulos em água, para administração do medicamento. Os glóbulos são aquelas bolinhas docinhas e gostosinhas que as crianças (e os adultos também, porque não) adoram. Parecem balinhas mesmo. Gente, mesmo gostosinhos, os glóbulos são medicamentos homeopáticos e devem ser tomados de acordo com a prescrição. 

E se caírem uma ou duas gotas ou um glóbulos a menos tem algum problema ? 
Normalmente não. A dose, em homeopatia, é contada pelo número de vezes em que o medicamento é administrado e não pelo número de gotas ou glóbulos em cada tomada. 

No mês que vem, vamos falar um pouco mais sobre esse mistério intrigante que é o medicamento homeopático.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545