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Os cuidados antes, durante e após a gravidez

Do site Tempo de Mulher

Planejar a gravidez requer uma série de cuidados e o principal: deve começar 3 meses antes da fecundação.

por Madson Moraes

16/09/2011


Você acha que nove meses de gestação é tempo mais que suficiente para programar a chegada de um bebê? Não é. Planejar a gravidez requer uma série de cuidados e o principal: deve começar antes da fecundação. "A futura mamãe já deve se preparar para a gravidez desde pelo menos três meses antes do fato consumado", garante o médico pediatra Moises Chencinski.


Antes da gestação

O pré-natal deve iniciar nesses três meses que antecedem a gravidez, quanto mais preparado o casal estiver, melhor. "Precisa ter os exames prévios realizados, vacinação adequada (só é aconselhável engravidar três meses após a vacina de rubéola, por exemplo), orientação quanto às fases da gravidez e desde já o aleitamento materno", observa o pediatra que também é autor do livro Gerar e Nascer - Um canto de amor e achonchego.

Melhorar a alimentação é outro ponto importante. Se antes você tinha uma alimentação deficiente, a partir de agora é preciso se alimentar melhor. Não é o momento para fazer qualquer dieta ou comer menos para começar a gestação com menos peso. Nem hora de comer mais para ter que comer por dois. Segundo o Dr. Moises, o mais importante é comer bem tendo uma alimentação equilibrada com proteínas, carboidratos, gordura, vitaminas e sais minerais bem distribuídos.

Ele faz um alerta importante: o ácido fólico é uma suplementação absolutamente necessária nesse período. "Usa-se o ácido fólico como complemento para a mamãe e para auxiliar na formação do tubo neural (futuro "cérebro") do recém-nascido", ressalta o pediatra.

Outra observação do pediatra são os três "N" essenciais para essa fase: não fume, não use drogas e não ingira álcool. Isso vale também para a gestação propriamente dita (9 meses) e para o período de aleitamento materno (6 meses exclusivo e até os 2 anos de idade do bebê como parte da alimentação saudável).

Durante a gestação

Já durante os tradicionais 9 meses da gestação, a alimentação volta a ter um papel primordial e algo precisa ficar claro: comer bem não é comer por dois. "Não se deve ganhar muito peso. O peso de 10 a 12 kg é uma média boa, mas também é importante evitar o excessivo controle", afirma Moises. Ganhar peso na gestação é importante, garante o pediatra, pois só assim é possível garantir ao feto-futuro-bebê um aporte alimentar adequado. Dessa maneira, promove seu crescimento e desenvolvimento saudáveis durante os 9 meses e também após o nascimento.

A suplementação de ferro, receitada pelo obstetra para a prevenção de anemia gestacional, deve começar após o 3º mês de gestação e terminar após o 6º mês de aleitamento materno exclusivo. Durante essas consultas de pré-natal, o casal precisa seguir as recomendações e orientações do obstetra e aproveitar para esclarecer dúvidas e medos.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda uma consulta com o pediatra a partir da 32ª semana de gestação para a escolha do profissional que irá cuidar do bebê. Assim, o casal vai poder esclarecer dúvidas, conhecer melhor o médico e sua linha de trabalho.

Após o parto

O bebê nasceu e a alegria do casal está realizada. Mas certos cuidados devem ser redobrados. Após o parto, os primeiros 6 meses de vida do bebê necessitam um cuidado adicional: o aleitamento materno tem que ser exclusivo até o 6º mês. Essa preparação já deve ter começado durante o pré-natal com a orientação obstétrica sobre os cuidados com a mama (por exemplo, o uso de sutiã quando o seio aumenta muito de volume para não "empedrar") ou com o mamilo (se estão adequados, invertidos ou preparados adequadamente).

A consulta na 32ª semana de gestação com o pediatra, recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, também faz parte desse roteiro onde os pais poderão esclarecer dúvidas sobre a importância real do aleitamento materno, bem como ter informações sobre as técnicas de amamentação (pega do bebê, posições, intervalos e duração das mamadas, entre outras).

A orientação da alimentação da gestante e da lactante é feita em conjunto entre obstetra e pediatra, podendo ter a colaboração inestimável de nutricionista. Deve-se ressaltar a importância do ferro (prevenindo a anemia da mamãe) e do ômega 3 (favorecendo o controle dos lípides, colesterol e triglicérides - na mãe e favorecendo a formação de mais sinapses - ligações entre as células nervosas - no cérebro do bebê). Ambos são obtidos através da alimentação ou também por suplementação (medicamentosa) orientada pelos profissionais responsáveis.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545