Do site Bolsa de Bebê / Bolsa de Mulher
A obesidade infantil é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) um dos problemas de saúde pública mais graves deste século. O excesso de peso deve ser controlado desde os primeiros anos de vida, pois pode desencadear complicações sérias como diabetes, colesterol alto e doenças cardiovasculares.
Por Marina Lopes
21/08/2013
“Hoje a obesidade já é considerada multifatorial: pode ser uma herança genética, consequência de alterações metabólicas, mas certamente sofre grande influência do ambiente social, da escola, dos hábitos da casa e também das questões alimentares”, explica o pediatra Moisés Checkinski.
Prevenção
A alimentação nos primeiros anos de vida pode causar alterações genéticas que serão transmitidas para as próximas gerações, mesmo em quem não tinha essa característica familiar anterior. Para evitar que a criança se torne um adulto obeso, os cuidados devem começar pelo aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida, que pode ser estendido até dois anos com a introdução de alimentos indicados pelo pediatra.
Quando começar a fase sólida, é importante que a criança faça suas refeições com a família, e não em frente ao computador ou televisão. Assim, ela se sentirá parte integrante e terá bons exemplos, como comer uma fruta na sobremesa, e não doces. “Os pais são, na maior parte das vezes, exemplos para seus filhos. E esses exemplos podem ser bons ou ruins. As crianças comem o que é comprado para a casa e o que é colocado à mesa e em seus pratos. Ela segue o hábito alimentar da família”, esclarece o pediatra.
Os familiares e a escola também têm papel fundamental neste processo: quanto menos exposta for a alimentos muito calóricos e pouco nutritivos, menores as chances de a criança se tornar obesa.
“No Brasil, cada vez mais temos crianças novas (de três ou quatro anos) com doenças de adultos (colesterol, triglicérides, diabetes, obesidade, hipertensão). Isso não é bom.
Se, desde a gestação, a mãe se alimentar de forma adequada, se o aleitamento for correto e se a introdução alimentar da criança for adequada, menor é a probabilidade de ela ter sobrepeso”.
Tratamento
Uma criança com sobrepeso necessita de um acompanhamento multidisciplinar, que será orientado pelo pediatra. Exames laboratoriais vão identificar possíveis alterações hormonais e um nutricionista será responsável pela orientação alimentar. Sessões de terapia com um psicólogo vão ajudar a criança a entender o processo pelo qual está passando e um profissional da educação física vai indicar as atividades físicas compatíveis para a idade do pequeno.
O pediatra ressalta a importância de uma mudança de hábito conjunta. “Mas, se ‘a casa não emagrecer’, será muito mais difícil que a criança tenha sucesso nessa recuperação. As compras de alimentos devem ser controladas. Os pais e outros familiares podem iniciar uma reeducação alimentar que será benéfica para todos”, finaliza
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545