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Conheça o tratamento certo contra os resfriados

Do site Bolsa de bebê / Bolsa de Mulher

Nos primeiros dois anos de vida, a maioria das crianças tem entre oito e dez resfriados por ano. Aquelas que frequentam creches ou convivem com crianças mais velhas em casa podem apresentar uma frequência ainda maior, já que as constipações se espalham facilmente entre crianças. No entanto, essa não é, necessariamente, uma notícia ruim.

15/06/2013

 

“Justamente por serem tão frequentes, a maioria dos resfriados desaparece por si só, sem provocar danos ou doenças mais sérias”, afirma o pediatra Moises Chencinski. “Por outro lado, mais da metade das crianças atendidas em função de um resfriado comum recebe a prescrição de antimicrobianos, que, muitas vezes, são desnecessários”, completa. Segundo o especialista, as crianças podem desenvolver efeitos colaterais sérios com o uso desses medicamentos, tais como reações alérgicas, aumento da frequência cardíaca, sonolência ou insônia, respiração lenta e superficial, confusão ou alucinações, convulsões, náusea e constipação.

Como os resfriados se espalham

Os resfriados são causados por vírus transmitidos pelo ar, através, por exemplo, da tosse ou espirro. A contaminação também pode ser feita se uma pessoa resfriada tossir ou espirrar com a mão na frente da boca e, em seguida, encostar na mão ou rosto de uma pessoa saudável. Por isso, uma das maneiras básicas de prevenção é lavar sempre as mãos e fazer uso de lenços ou papéis.

Como tratar resfriados

Os sintomas mais comuns da doença são corrimento nasal, espirros, febre, tosses e dor de garganta.

“A criança mais velha, geralmente, não precisa ir ao médico quando apresenta resfriados, a menos que a condição se torne mais grave. Porém, se ela é mais novinha, ao primeiro sinal da doença, o pediatra precisa ser consultado. Com um bebê, os sintomas podem ser enganosos, e o que parece ser um simples resfriado pode ser o princípio de doenças mais graves e que podem evoluir rapidamente, como a bronquiolite, otites ou pneumonia viral”, alerta Dr. Moises.

Se a criança apresentar febre, procure um médico (Crédito: Shutterstock)

Se a criança apresentar febre, procure um médico (Crédito: Shutterstock)

Segundo explica, o tratamento do resfriado comum se resume a medicar os sintomas e aguardar a melhora das condições gerais. “Quando há infecções bacterianas, podem ser usados antibióticos, mas eles não têm efeito sobre o vírus.  O que os pais precisam fazer é certificar-se de que a criança está repousando e ingerindo líquidos em quantidades apropriadas”, orienta o pediatra.

Recomendações gerais

- Não dê medicamentos de venda livre (OTC) para tosse e resfriado a bebês e crianças menores de dois anos sem que o pediatra seja consultado. “Existe o risco de efeitos colaterais potencialmente fatais. Além disso, vários estudos mostram que esses medicamentos não funcionam em crianças menores de seis anos. É preciso ter em mente que a tosse limpa o muco do trato respiratório, e, normalmente, não há nenhuma razão para suprimi-la”, explica Dr. Moises.

- Se a criança apresentar dificuldade para respirar ou ingerir líquidos por conta da congestão nasal, limpe o nariz com soro fisiológico em gotas ou spray, que pode ser comprado sem receita médica. “Nunca utilize gotas nasais que contenham qualquer medicamento, uma vez que quantidades excessivas podem ser absorvidas, trazendo efeitos colaterais indesejáveis. Só use gotas nasais salinas normais recomendadas pelo pediatra”, diz o médico.

- Colocar um umidificador no quarto também pode ajudar a manter as secreções nasais mais fluidas, proporcionando maior conforto à criança. No entanto, o aparelho só deve ficar ligado por, no máximo, duas horas consecutivas. “Mantenha o umidificador perto, porém fora do alcance da criança. Certifique-se de limpá-lo e secá-lo completamente a cada uso, para evitar a contaminação bacteriana ou mofo. Vaporizadores de água quente não são recomendados, pois podem causar queimaduras”, orienta o pediatra.

 

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545