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Entenda a diferença entre alopatia e homeopatia

Do Portal Via Saúde

Os dois métodos são cientificamente comprovados e ajudam a tratar doenças. Mas há muitas diferenças entre um e outro. O segredo é descobrir com qual deles você se adapta melhor.

09/01/2014

Imagine que você está sentindo alguns desconfortos e vai ao médico. Chegando lá, ele vai receitar um remedinho para melhorar os seus sintomas, além de pedir exames que poderão indicar qual é a causa da sua doença. Os medicamentos prescritos pelo especialista muito provavelmente serão da classe dos alopáticos, já que este é o tratamento mais utilizado por aqui, tido como o convencional. A homeopatia, apesar de ser praticada há séculos, só há pouco tempo começou a se popularizar no Brasil. Por isso, o número de médicos com essa formação e mesmo de farmácias que comercializam remédios deste tipo ainda é muito menor.

Ainda assim, é importante saber que ambos os tratamentos são úteis e válidos, embora existam diferenças na forma de encarar a doença, o tratamento e até mesmo a cura, em cada uma das correntes. Em geral, o médico alopata, durante a consulta, leva muito em consideração os sintomas do paciente e buscará eliminá-los completamente usando medicamentos específicos. Um paciente com febre, por exemplo, receberá um antitérmico para voltar à temperatura normal. Já na homeopatia, o foco do médico é descobrir a causa do problema. Assim, dificilmente um homeopata vai medicar a febre. Ele tentará identificar qual é o desequilíbrio no organismo que está sendo responsável pelo sintoma e irá direto ao ponto. O alívio da febre, nesse caso, será uma consequência natural do tratamento. Nesse sentido, podemos dizer que a alopatia busca uma recuperação mais rápida do paciente, enquanto a homeopatia se preocupa em oferecer resultados mais duradouros.

Além disso, ao passo que a alopatia observa com mais atenção os sinais do corpo que indicam doenças, a homeopatia enxerga o indivíduo de forma global. "A homeopatia tem como objetivo o restabelecimento da saúde do indivíduo do ponto de vista mental e físico", explica Moises Chencinski, médico especialista em pediatria e homeopatia.

A forma de preparação dos medicamentos também muda de uma terapêutica para outra. Na homeopatia, assim como na alopatia, a maioria dos remédios é ministrada via oral. No entanto, muda muito a concentração de substâncias ativas. "Os medicamentos homeopáticos são muito mais diluídos, em água ou álcool. Por isso mesmo, eles também produzem menos efeitos colaterais", diz Amarilys de Toledo Cesar, presidente da Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas.

Há diferenças, ainda, em relação à ação dos medicamentos. "A homeopatia pode ser muito rápida para tratar doenças com sintomas agudos. No entanto, ela é relativamente lenta para o tratamento de doenças crônicas", pondera Amarilys. "Se o doente tem uma doença antiga, crônica, em qualquer tipo de tratamento médico a cura pode ser demorada. Porém, por meio da homeopatia, é possível tratar a causa, para que a doença não volte mais", completa o médico Sergio Eiji Furuta, diretor da Associação Paulista de Medicina.

Para escolher entre um tratamento e outro, o melhor é experimentar e ver com qual deles você se adapta. Afinal, a eficácia da terapêutica também depende da adesão do paciente, que só seguirá à risca um método se confiar plenamente que ele será capaz de restabelecer a sua saúde.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545