Do portal Terra - Vida e Estilo
Tirar a mamadeira das crianças é sempre um assunto delicado, principalmente se elas têm mais de quatro anos. Para muitas, a transição é tranquila, enquanto que outras sentem tanta falta da mamadeira que acabam deixando de ingerir leite.
05/04/2014
"E os pais, preocupados com a possibilidade de o filho ficar com fome se não tomar o leite, optam por reintroduzir ou simplesmente não suspender o uso da mamadeira. Isso é errado", comenta o pediatra Moises Chencinski, membro de Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Se o hábito alimentar não é formado quando a criança é pequena, isso provocará recusa de novos alimentos, falta de horário definido para as refeições e outros prejuízos. "Por exemplo: a mamadeira usada por um longo prazo causa flacidez da musculatura da boca e da língua e respiração pela boca, o que pode interferir na qualidade do sono, na fala e na deglutição. Além do aumento do risco de problemas auditivos, de infecções e da obesidade", enumera o pediatra.
Mudança de hábito
O mais importante é a compreensão da necessidade de mudança por parte de pais e filhos. Além de muita conversa e paciência, podem-se lançar mão de alguns truques para fazer essa transição de forma tranquila. Por exemplo: substituir a mamadeira por um copo com canudo. Alguns modelos vêm com carinhas ou fazem um barulho divertido enquanto a criança bebe.
Durante o café da manhã, para não evidenciar o novo copo com leite, faça sanduíches formando carinhas com os alimentos. "Um outro reforço é os pais fazerem a refeição junto com o filho e tomarem também o seu leite no copo", explica o especialista.
Se a criança tem o costume de tomar mamadeira na hora de ceia, ofereça o leite no copo. "Outra opção é dar uma fruta in natura e não em forma de suco", orienta Chencinski.
E se meu filho não quiser tomar mais leite?
Se ele recusar, não volte com a mamadeira. Ofereça derivados do leite, como iogurte, queijos e até uma vitamina feita com banana ou a fruta preferida da criança.
Vez por outra, peça para ele experimentar, mas sem forçar. "Cada criança tem seu tempo para cada fase da vida. Isso vale para a alimentação. Reconheça a importância de estabelecer determinados limites, sempre pensando no bem-estar e qualidade de vida", sentencia o pediatra.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545