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Especialista mostra a importância de se deixar que os jovens tenham tempo para brincar e para se distrair, ao invés de ocupar sua vida com excessivas atividades extracurriculares
por Márcia Wirth
16/09/2014
Não é segredo que as crianças, hoje, estão atualmente trilhando um caminho "rápido para o sucesso", ou seja, para que o futuro seja o melhor possível, especialmente em relação à profissão. Mas a que preço os jovens estão adquirindo conhecimento e experiência? Muitos pais acabam incentivando, e os filhos ficam semtempo livre, graças à escola, ao curso de inglês, às aulas de balé, ao judô, ao futebol...
"Ao que me parece, muitas crianças estão perdendo a infância. A pressão acadêmica é apenas uma peça do quebra-cabeça quando se trata do 'jejum de infância'. Nós estamos experimentando uma mudança cultural gradual, em vários âmbitos no que se refere à esta etapa da vida", afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski, autor do Blog Mama que Te Faz Bem.
Segundo o médico, a pressão da escola sobre as crianças, hoje, é mais intensa, mas elas também estão sobrecarregadas com atividades extracurriculares. Os jovens praticam esportes competitivos – às vezes mnais de um –, são obrigados a cursar aulas de música, de arte, de idiomas, e também em atividades de sua comunidade (escola, condomínio ou prédio). "Isso preenche completamente a semana e os sábados e domingos com eventos, compromissos, datas de jogos, competições e festas", diz Chencinski.
Em um artigo no jornal americano The Independent, Peter Gray, pesquisador do Boston College e autor de um livro sobre o tema, defendeu a necessidade de mais brincadeiras não estruturadas para as crianças. Ele sustenta que algumas das mais importantes habilidades para a vida não são ensinadas na sala de aula. A brincadeira é o veículo pelo qual os jovens aprendem a se relacionar com os outros, a resolver problemas e a controlar suas emoções. "Eu concordo plenamente. A brincadeira é muito mais do que os personagens que as crianças inventam e assumem nas histórias que desenvolvem. Através desse ato lúdico, elas aprendem a dominar seus medos, afirmar suas necessidades, processar e lidar com suas emoções e a conviver com outras pessoas", defende o pediatra Moises Chencinski.
Cinco razões para deixar seus filhos brincarem:
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545