Do site Chris Flores
De 1 a 7 de Agosto comemora-se a 20° Semana Mundial de Aleitamento Materno. Saiba tudo sobre a amamentação
por Lia Lehr
05/08/2011
A primeira semana de Agosto é também a 19° Semana Mundial de Aleitamento Materno. A data foi instituída em 1992 e a cada ano é criada uma campanha para conscientizar sobre os benefícios do aleitamento materno. Para este ano, o tema da campanha é "Comunique-se! Amamentação: uma experiência 3D". Através dela, os organizadores da campanha recomendam:
1) Conecte-se com outros ativistas da amamentação por email ou blog, Facebook ou Twitter, e comece a planejar!
2) Entre em contato com comunicadores locais: professores, jornalistas, publicitários, estudantes, líderes comunitários – para ajudá-los a construir e compartilhar mensagens vitais e aumentar a conscientização.
3) Entre em contato com unidades de saúde locais e ajude-os a implementar estratégias de alcance para mulheres grávidas e lactantes ou cursos de treinamento para consultores em aleitamento e aconselhamento em amamentação.
4) Escreva para seu empregador e órgãos governamentais locais ou nacionais e peça patrocínio para um evento da SMAM e, caso necessário, alerte-os sobre a necessidade de prevenir conflitos de interesses evitando apoio ou qualquer forma de colaboração de indústrias ou representantes de produtos abrangidos pelo âmbito da legislação. (No caso brasileiro, da NBCAL).
5) Seja o anfitrião de um evento onde as pessoas podem compartilhar suas histórias com criatividade – uma exposição de arte em conjunto, um monólogo, uma competição de vídeos online, festival de filmes, feira alternativa de artesanato, fórum de discussão virtual, o céu é o limite!
6) Incentive o ensino da amamentação em escolas e universidades e a integração com organizações que já trabalhem com causas sociais para realçar a amamentação através de pontos de vista variados.
7) Fale com as pessoas à sua volta
A introdução da alimentação complementar (sucos, frutas, papinhas salgadas) deve ser feita apenas após o sexto mês de vida. No Brasil, a média de aleitamento materno exclusivo é de 2 meses e uma semana e a total é de 4 meses e 15 dias. Pesquisas mostram a oferta de biscoitos recheados, macarrão pré-pronto e outra gama enorme de alimentos para crianças de até 4 meses de idade. De cada três crianças de 5 a 9 anos, uma está com sobrepeso. Na população adulta, esse número atinge 50% da população. Os números apontam para uma epidemia que precisa ser controlada já na primeira infância.
"Em todas as consultas, nós temos passado essas informações, esclarecendo que se o calendário do aleitamento não for seguido à risca, a criança está sujeita há riscos hormonais, riscos de obesidade, além do aumento da alergia alimentar – hoje a alergia à proteína do leite de vaca é responsável por 85% dos quadros de alergia alimentar na infância", afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.
O pediatra Moises Chencinski aponta a falta de informação como um dos maiores obstáculos enfrentados pela gestante para amamentar os filhos e afirma que a orientação para a mãe deve ser dada desde o pré-natal até logo após o parto, ainda na maternidade.
"É preciso que toda unidade hospitalar que ofereça serviços de maternidade e de cuidados para os recém-nascidos tenha uma política de aleitamento, com uma equipe treinada e capaz de dar à gestante todas as informações necessárias sobre o ato de amamentar", afirma o doutor Moises.
Fonte consultada para esta matéria: Moises Chencinski, pediatra e homeopata
A baixa produção de leite, a rachadura do bico do seio com sangramento e a mastite – a inflamação das glândulas da mama que pode ser causada pelo acúmulo de leite principalmente na primeira gestação – são alguns dos problemas comuns no início do processo de aleitamento que precisam ser entendidos pelas mães para serem superados.
Segundo o médico, muitos fatores podem ser determinantes na queda de produção e oferta do leite materno. Estresse, alimentação inadequada, ingestão insuficiente de líquidos, sono inapropriado são algumas das condições gerais da vida da mamãe que podem interferir nesse processo. "Evite-os, sempre que possível. O estresse, por exemplo, pode diminuir ou até acabar com a produção do leite, que é definida por hormônios do sistema nervoso central".
Como o bebê nesses primeiros meses ainda está em fase de adaptação, seus horários não estão regularizados. O bebê tem necessidade de mamar à noite e para quem não está habituado a interromper seu sono, acordar duas vezes à noite e ficar de 30 a 60 minutos amamentando pode ser uma tarefa difícil. "É importante que a mamãe se recupere, dormindo e descansando enquanto o bebê também estiver dormindo e descansando".
Fonte consultada para esta matéria: Moises Chencinski, pediatra e homeopata
A pega do seio deve ser feita de forma adequada pelo bebê. Ele não mama o bico do seio. Ele suga com a pega desde a aréola (a parte mais escura da mama) até o mamilo que fica no céu da boca (não ocorre o atrito do bico do seio com a língua ou gengiva do bebê). Quando essa pega não é adequada (com atrito da língua, da gengiva e a sucção "errada" do bebê) pode acontecer a fissura (rachadura) da mama ou até do mamilo.
O uso de alguns produtos na mama, a umidade provocada pela não higienização ou proteção da mama nessa fase, levando ao aparecimento de fungos (micose), a retirada do bebê do seio enquanto ele está sugando, sem ter terminado de mamar ou o uso inapropriado das bombinhas para retirada de leite podem ser outros fatores que contribuem para a rachadura. Sempre é melhor prevenir do que remediar. Para a proteção contra as rachaduras alguns cuidados simples podem ser tomados:
- Estar atentos à pega e à posição adequadas para o bebê mamar;
- Manter a mama e os mamilos secos e protegidos após cada mamada;
- Quando a mama estiver muito cheia, retirar um pouco de leite antes de o bebê mamar para que ele consiga a pega no local adequado, sem dificuldades;
- Não retirar o bebê abruptamente do seio, enquanto ele ainda estiver mamando;
- Após a mamada, se ainda tiver leite na mama, retirá-lo de forma adequada evitando, assim, uma possível mastite (empedrar e infeccionar).
Fonte consultada para esta matéria: Moises Chencinski, pediatra e homeopata
O bebê precisa aprender a pegar o seio materno de forma adequada para que a sucção seja eficiente. Não adianta abocanhar apenas o mamilo. Assim ele apenas "morde" e não suga. Para uma "pega" adequada, o bebê precisa cobrir toda a aréola mamária (cerca de 2 cm além do mamilo).
A pressão exercida pela sucção será suficiente e eficaz para trazer o bico para o interior da sua boca, aumentando em 2 a 3 vezes o seu tamanho. Instintivamente, ele aprende os movimentos de língua e mandíbula que fazem com que o leite esguiche diretamente na garganta.
"O pequenino precisa participar ativamente do ato de amamentar. Afinal de contas, é a sucção correta que estimula os hormônios femininos a atuar sobre a musculatura lisa que reveste os ductos mamários, favorecendo a saída do leite materno", explica o especialista. O hábito de "chupetar" o bico do seio deve ser evitado a todo custo, pois favorece o aparecimento de rachaduras.
Para prevenir isso, coloque o seu filho em uma posição confortável e estimule-o a esvaziar um peito totalmente antes de oferecer o outro. Dessa forma, a lactação pode se manter por vários meses ainda. Se o bebê se cansa com facilidade, chame-o pelo nome e faça intervalos entre a mamada de cada peito. Ao sugar 15 minutos, ele poderá ser colocado no ombro para descansar e arrotar.
Se ele se satisfez na mamada com apenas um dos seios, na mamada seguinte ofereça o outro, mas, sempre que possível, ofereça os dois seios em cada mamada.
Sugar é instintivo, acalma e dá prazer ao pequeno. Crianças com necessidades orais satisfeitas dificilmente aceitam a chupeta. O apetrecho, portanto, deve ser evitado, pois com o crescimento pode evoluir para formas desagradáveis de deglutição não nutritiva, como roer unhas, morder a extremidade do lápis, sugar o lábio ou a língua. O mesmo vale para a mamadeira.
Além disso, o mecanismo de sucção desses bicos artificiais é bem diferente da técnica da ordenha, que promove o crescimento e o posicionamento correto da mandíbula, do palato, da língua e da musculatura da face, possibilitando boa deglutição e respiração e preparando a criança para a mastigação no futuro.
Tem que ter horário
Mantenha uma rotina para que o bebê se acostume com a amamentação. Procure um local agradável e confortável para amamentar. Cada bebê tem seu ritmo de mamar. Com o tempo, o seu leite sai mais fácil e ele suga mais forte, o que faz a duração da mamada ser menor. Mantenha um intervalo entre as mamadas de 2 a 4 horas nos primeiros 2 a 3 meses e depois de 3 a 4 horas durante o dia.
Fonte consultada para esta matéria: Moises Chencinski, pediatra e homeopata
Desde o início da gestação, o corpo da futura mamãe já se prepara para a amamentação, que pode ser percebido pelo aumento do volume de suas mamas. Isso ocorre através do aparecimento de mais dutos e alvéolos mamários.
As veias da mama dilatam já a partir da 5ª semana de gravidez levando a um aumento do fluxo de sangue na região já no final do 1º trimestre de gestação. A aréola e o mamilo (bico do seio) também ficam mais escuros a partir da 6ª semana de gravidez.
Por volta do 5º mês de gestação (20 semanas), inicia-se a produção do colostro. Em alguns casos, o colostro já é eliminado desde essa fase, mas a presença da placenta inibe a sua maior saída.
Ao nascer, quando a placenta é eliminada, os níveis de progesterona caem com aumento dos hormônios responsáveis pela produção e eliminação do leite (a prolactina). Assim que o bebê nasce, a sua sucção estimula a produção e eliminação do colostro, o leite necessário e suficiente para o recém nascido, que deve iniciar essa atividade já na 1ª hora de vida.
Há trabalhos mostrando que o mais importante é manter uma alimentação materna saudável, equilibrada durante o período de amamentação. Não há comprovação científica de que o uso de qualquer substância pela mãe que amamenta aumente as cólicas de bebês, mas vale observar se existe um aumento das cólicas do bebê em alguma situação especial e também tentar controlá-la.
Não existe leite forte ou leite fraco. Existe muito leite ou pouco leite. No caso de pouco leite, é importante identificar possíveis causas para esse fato e tentar corrigi-las. É importante que a mãe se alimente bem e hidrate-se bem.
O uso de alguns hormônios (estrógeno, testosterona) pode prejudicar a produção do leite, bem como alguns medicamentos utilizados em Parkinson (que inibem a prolactina), alguns diuréticos, a nicotina e o álcool e devem ser evitados.
Existem alguns medicamentos que podem ajudar a aumentar a produção do leite, mas esses devem ser utilizados apenas sob orientação médica. Após o parto, o primeiro leite que sai é o colostro (menor quantidade e muito importante para os primeiros dias do recém-nascido).
Após 3 a 7 dias de estímulos e aleitamento adequados, com o bebê mamando desde a 1ª hora de vida, a ocitocina promove o enchimento importante da mama com aparecimento do leite mais maduro. Essa fase é conhecida como apojadura do leite.
Nesse ponto, a mama fica cheia, porém mole, sem sinais de inflamação ou infecção. Quando se usam manobras para retirada do leite, ele sai facilmente.
Fonte consultada para esta matéria: Moises Chencinski, pediatra e homeopata
Porém, em algumas situações onde o leite não foi retirado adequadamente após a mamada ou ele se acumula em locais de difícil acesso à sucção do bebê, pode ocorrer sensação de dor e endurecimento no local. Esse é o leite empedrado.
Para evitar que isso ocorra, é importante que se houver sobra de leite materno na mama após a "refeição" do bebê proceda-se à retirada do excedente.
Assim, não haverá riscos de acúmulo ou empedramento.
Mas, se ele já aconteceu, é importante que se procedam algumas manobras para evitar que esse leite armazenado e empedrado crie um meio propício a infecções, levando a uma mastite (infecção da mama).
Assim, amamentar mais vezes pode ser uma boa saída, tanto para alimentar melhor o recém-nascido quanto para esvaziar essa mama. Não deixar de esvaziar um pouco a mama muito cheia para facilitar a pega e, assim, favorecer o esvaziamento da mama. Tentar mudar a posição do bebê (posição invertida). Mesmo assim, se sobrar leite após essa mamada, extrair o excedente.
No banho, enquanto a água morna cai sobre os seios, ou com compressas mornas nas mamas, massagear esses locais pode ajudar a dissolver "as pedras" além de estimular a produção da ocitocina (o hormônio responsável pela saída do leite).
Independente de qualquer tentativa, conversar com o médico (ginecologista e/ou o pediatra) é sempre uma atitude cuidadosa. Ele poderá avaliar melhor e orientar até tratamentos medicamentosos para aliviar a dor ou facilitar a saída do leite.
As fissuras na mama são dos problemas mais comuns que, se não identificadas rapidamente, podem até interferir na continuidade do aleitamento materno.
Em caso de se apresentarem as fissuras ou qualquer outra situação que implique em um risco de suspensão da amamentação, o médico (ginecologista e/ou pediatra) deverá ser consultado.
Entretanto, alguns cuidados são fundamentais, independente de consultar o médico, para que o quadro não se agrave:
- Começar a mamada pela mama que estiver doendo menos ou com menor problema;
- Tentar achar uma posição melhor do bebê para amamentar;
- Tentar esvaziar um pouco a mama para que a pega seja mais facilitada;
- Usar, de forma adequada, os tratamento orientados pelo médico.
A recuperação costuma ser rápida e, a partir daí, usar as dicas para prevenir a repetição da situação.
Fonte consultada para esta matéria: Moises Chencinski, pediatra e homeopata
São poucas as doenças que seriam contra-indicações absolutas de amamentação. Mães soropositivas para HIV têm recomendação absoluta de não amamentarem, mesmo se estiverem em tratamento medicamentoso.
Mães desnutridas, com quadros infecciosos febris, viroses na sua maioria podem amamentar. Em algumas situações, em que a mãe não se encontre em condições clínicas adequadas, a amamentação pode ser evitada enquanto a situação não se resolve.
Mas mesmo em alguns quadros virais como a rubéola, caxumba, herpes simples catapora a amamentação não precisa ser interrompida. Em casos de Hepatite pode-se manter a amamentação com algumas ressalvas:
- Hepatite A – se a mãe estiver doente no parto, o bebê deve tomar imunoglobulina humana.
- Hepatite B – o recém nascido deve tomar a vacina contra hepatite B (o que já é rotina para todos os bebês em grande parte das maternidades) e imunoglobulinas.
- Hepatite C – suspender a amamentação se nos exames houver carga viral alta ou rachaduras nos seios até a estabilização desses quadros.
O bebê recebe anticorpos maternos desde a gestação e durante a amamentação. Assim, ele fica imune a determinados tipos de quadros que a mãe já teve contato e desenvolveu anticorpos, enquanto durarem esses anticorpos.
A auto-medicação e auto-desmedicação são práticas que devem se evitadas sempre, especialmente durante a fase de gestação e amamentação. Há substâncias que passam pelo leite e que podem causar danos ao bebê. Assim, todo e qualquer uso de remédios deve ser sempre orientado e prescrito apenas pelos médicos.
Fonte consultada para esta matéria: Moises Chencinski, pediatra e homeopata
Voltar a fumar logo após o nascimento do bebê pode prejudicar a qualidade do leite materno e causar problemas respiratórios ao recém-nascido
Apesar de todas as campanhas de conscientização e informações sobre os malefícios do cigarro, muitas mulheres não conseguem abandonar o vício. Elas até deixam de fumar durante a gravidez, conscientes dos perigos que a ingestão de nicotina pode acarretar ao feto, como maior risco de aborto e baixo peso do bebê. Mas, muitas mulheres retomam o vício logo após o parto, ou seja, no período de amamentação. O problema é que a nicotina passa para o leite e piora a qualidade do alimento. Além disso, nas residências de fumantes, é maior o risco dos recém-nascidos sofrem morte súbita e desenvolverem doenças respiratórias, como bronquite. Quem explica o assunto é o doutor Tomaso Giovanni D. Pina, pediatra do Hospital e Maternidade Brasil.
O consumo de tabaco pode reduzir a qualidade e a produção do leite materno?
"Quanto à quantidade há um consenso no fato que a nicotina é uma das drogas que podem levar a uma diminuição na produção de leite pela nutriz. No que concerne à qualidade, o próprio fato da nicotina estar presente no leite da mãe que é tabagista, já significa piora na qualidade".
É verdade que os bebês que vivem em casas onde se fuma têm maior risco de morte súbita e de vir a sofrer de doenças das vias respiratórias, como pneumonias, bronquites?
"Morte Súbita é o nome dado à morte que acomete crianças abaixo de um ano de idade, que morrem de uma forma inesperada durante o sono. O habito de fumar durante a gravidez e após o nascimento do bebê, entra de fato como um dos possíveis fatores que podem levar à morte súbita. Também é verdade que crianças que residem com fumantes tem estatisticamente um maior risco de doenças das vias respiratórias".
O aleitamento materno reduz os efeitos nocivos do tabaco?
"Sim, estudos mostram que crianças filhos de mães fumantes e que foram mantidos no aleitamento materno tiveram menor índice de doenças pulmonares do que os filhos de mães fumantes que não foram amamentados".
O ideal seria se as mulheres que amamentam não fumassem, mas muitas não conseguem largar o vício. Nesse caso, o que fazer para não prejudicar o bebê?
"Não deve fumar dentro de casa, sempre fumar longe do filho, e mesmo assim, devemos orientar a mãe a fumar pelo menos duas horas antes da mamada".
O que é mito e o que é verdade sobre a alimentação materna
Tira-dúvidas sobre amamentação
Conheça os benefícios que a amamentação traz para a mamãe e o bebê
O leite materno é um alimento completo para o bebê e é por isso que ele não precisa de água, chás e sucos até os 6 meses. Após esse período, a alimentação do bebê ganha outros complementos. Mas isso não impede que a mamãe continue amamentando o bebê até ele completar 2 anos ou mais.
Muitas mulheres sofrem no começo para amamentar. Problemas como rachaduras nos bicos dos seios, leite empedrado ou até mesmo pouca produção de leite contribuem para que a nova mamãe desanime e acabe desistindo, passando assim a dar leite em pó para o recém-nascido.
Antes de tomar uma decisão tão drástica, é preciso ter paciência e corrigir o que não está dando certo. A amamentação oferece uma série de vantagens tanto para a mãe quanto para o bebê e é por isso que vale a pena insistir. O Ministério da Saúde orienta sobre os benefícios proporcionados pela amamentação:
Para a mãe
Reduz o peso mais rapidamente após o parto.
A sucção do bebê durante as mamadas ajuda a contrair o útero, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto.
Reduz o risco de diabetes.
Reduz o risco de câncer de mama.
Protege da osteoporose.
Fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. Crianças que são amamentadas no peito crescem mais seguras, tranqüilas e carinhosas.
O ato de amamentar não torna as mamas flácidas e caídas. Ao contrário do que muitas mães pensam, a amamentação pode até tonificar as mamas se for feita de maneira adequada e se a mulher usar o sutiã apropriado.
A mulher que amamenta sente-se menos insegura e ansiosa.
É prático, não precisa preparo nem esterilização como no caso das mamadeiras
Está sempre pronto e não custa nada.
Para o bebê
Reduz a possibilidade de infecções, pois oferece os anticorpos da mãe para o bebê.
Favorece o desenvolvimento adequado do osso maxilar e dos músculos da face.
Ajuda a criança a ter dentes mais bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.
Ajuda a diminuir a desnutrição e reduz a mortalidade infantil.
Melhora o desenvolvimento mental do bebê.
Promove o vínculo afetivo entre mãe e filho.
Amamentar é um ato de amor e constitui a melhor forma de proteger e alimentar seu filho. No entanto, muitas mulheres sentem dificuldades no começo, seja por não saber como segurar o bebê corretamente ou até mesmo porque o bebê ainda não tem prática para mamar. Confira os problemas mais comuns e saiba como contorná-los.
Rachaduras no bico do seio
As rachaduras aparecem quando a criança não está mamando direito. O bebê deve ficar com a maior porção possível do seio dentro da boca, ou seja, além do mamilo deve abocanhar boa parte da aréola.
Se a pega do bebê não estiver correta, procure corrigi-la. Procure fazer com que você e o bebê sintam-se confortáveis. A cabeça do bebê deve ficar nivelada com seu seio para que ele possa alcançá-lo sem esforço.
Se o peito estiver muito cheio, tornando a mamada difícil, retire um pouco do leite antes, para ajudar o bebê a mamar.
Seios empedrados
Quando isso acontece, é preciso esvaziar bem os seios
Não deixe de amamentar, ao contrário, amamente com freqüência, sem horários fixos, inclusive à noite.
Faça massagens nos seios em movimentos circulares para desempedrar e evitar febre.
Retire um pouco de leite antes de dar de mamar, para amolecer a mama e facilitar para o bebê pegar o peito.
Pouco leite
A produção do leite é estimulada pelo hormônio prolactina. Quanto mais você alimenta seu bebê, mais leite seu organismo produzirá. Portanto, amamente com freqüência, deixando o bebê esvaziar bem o peito durante a mamada.
Beba bastante líquido. Durante o período de amamentação a mulher chega a produzir 750 ml de leite por dia.
Produzir pouca quantidade de leite não implica que ele seja fraco. Todo leite materno é altamente nutritivo.
Banhos quentes aumentam a produção de leite.
Para garantir uma amamentação perfeita ao seu bebê, evite o consumo de álcool, cafeína e cigarro e mantenha uma dieta balanceada, rica em cálcio e proteínas. Lembre-se que nem todo choro do bebê é de fome. A criança chora quando quer aconchego, quando tem cólicas ou sente algum desconforto.
Fontes: Ministério da Saúde, Luciana Taliberti, obstetra do Hospital São Luiz e Márcia Regina da Silva, enfermeira obstetriz do Hospital São Luiz
É importante a mulher conhecer a anatomia do seio para facilitar no processo de amamentação
Antes mesmo do bebê nascer é bom ter alguns cuidados com os seios que poderão ajudar na amamentação. O primeiro deles consiste em não passar cremes nos mamilos. Na hora do banho, também recomenda-se passar de leve uma bucha vegetal para que o seio comece a criar resistência (ATENÇÃO - ESSE ERA UM CONCEITO ANTGIGO QUE NAO É MAIS VÁLIDO - 16/06/2015). De acordo com o Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno do Hospital São Luiz, também é importante que a mulher saiba o tipo de mamilo que possui, pois poderá facilitar futuramente no processo de amamentação.
Mamilo protuso
Saliente
Mais de 90% das mulheres possuem este tipo de mamilo
Cuidados: Exercícios de rotação - com os dedos indicador e médio, realize movimento de rotação de um lado para o outro, tracionando levemente para fora. Use concha para os seios. Deixe-os arejados.
Mamilo Curto
Pouco saliente, pode apresentar-se elástico ou pouco elástico.
Também devem ser feitos exercícios de rotação e uso de conchas para seios.
Mamilo Plano
Está incorporado à região areolar.
Entre os cuidados estão os exercícios de rotação, que deverão ser feitos com mais freqüência e uso de conchas para os seios.
Mamilo Pseudo-invertido
Apresenta-se contrário ao protuso, respondendo ao estímulo de forma variável de acordo com a elasticidade. Além dos exercícios de rotação, o médico também poderá recomendar o exercício de Hoffman, feito manualmente pela mulher no seio e que visa romper as múltiplas aderências do tecido conjuntivo que prende o mamilo à auréola.
Mamilo Invertido
Apresenta-se contrário ao protuso e mesmo quando é estimulado não se torna saliente. Corresponde a 0,5 % das mulheres e nesse caso precisa de acompanhamento mais perto do profissional.O uso de bicos de silicone nunca deve ser indicado. Neste caso, primeiro deve ser avaliada a mamada para que o médico possa orientar a mulher como proceder.
Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545