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Praia e piscina: bebês só devem usar protetor solar após 6 meses de idade

Do site GNT - Mães

Pediatra alerta para horário de exposição ao sol e hidratação

por Ana Carolina Simões

22/01/2014

O verão bate à sua porta e sua vontade é de curtir o dia com seu bebê na praia ou na piscina? Se ele tiver menos de seis meses de vida, o melhor a fazer é ter paciência e esperar mais um pouquinho antes de expor o pequeno ao sol.

"Segundo o 1º Consenso Brasileiro de Fotoproteção (28/11/2013), da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a criança só pode usar protetor solar acima dos 6 meses de idade. Até essa idade não é recomendável que se exponha diretamente ao sol", explica Moises Chencinski, médico especializado em pediatria e homeopatia.

Confira abaixo cinco dicas, que vão desde o uso de protetor solar até os riscos que a água do mar pode oferecer à saúde dos bebês.

  • 1 - Horário
    "Antes das 10h e depois das 15h são os horários no qual a exposição aos raios UVA e UVB é menos intensa", explica o pediatra Moises Chencinski. No intervalo entre esses dois horários, uma exposição exagerada pode causar queimaduras solares, desidratação, insolação e até câncer de pele.

  • 2 - Hidratação e alimentação
    Muito cuidado ao expor os bebês ao sol, pois eles transpiram mais do que os adultos. "Quanto menor a criança, maior é a perda de umidade (transpiração), necessitando de cuidados especiais de hidratação. Portanto, ofereça bastante água ao bebê", recomenda. Outros líquidos, como chás frios não-industrializados, além de frutas naturais e frescas, podem ser oferecidos. "Algumas verduras e legumes, como cenoura baby e milho cozido, também agradam os pequenos", sugere.

    Alimentos como salgadinhos e refrigerantes não são recomendados para crianças menores de 1 ano de idade. O pediatra ainda alerta para as comidas vendidas na praia. "Sempre que possível, evite alimentos e bebidas que são vendidos por ambulantes na praia, pois são de origem duvidosa e perecíveis ao calor, a conservação não é bem feita e a higiene é precária", ressalta o pediatra.

  • 3 - Fotoproteção
    De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, deve-se aplicar um protetor com FPS superior a 30 e proteção UVA, indicado para o público infantil, em todo o corpo do bebê, de 15 a 30 minutos antes de sair de casa. "O uso deve ser repetido a cada duas horas, mesmo que a criança não entre na água - ou que o produto seja resistente à água", ressalta o pediatra Moises Chencinski. Além disso, o uso do guarda-sol, mesmo antes das 10h e depois das 15h, é fundamental, bem como roupas apropriadas para proteção. "Bonés, camisetas e roupas são tão importantes quanto o uso de protetor solar".

  • 4 - A água do mar e o cloro da piscina
    As águas do mar e da piscina podem representar outro entrave importante para a saúde. "Os mares de nosso litoral, em uma boa parte, não são saudáveis para banhistas, principalmente para crianças, que têm a pele mais sensível e costumam engolir a água 'salgadinha', potencialmente contaminada", alerta o pediatra. Ao programar a ida à praia, consulte órgãos como o Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e o Inea (Instituto Estadual do Ambiente), do Rio de Janeiro, que informam sobre a qualidade da água do mar.

    Na piscina, os riscos estão no cloro e na manutenção do local. "O cloro das piscinas e os produtos químicos utilizados para sua manutenção e conservação também podem ser considerados fatores de risco, pois podem desencadear processos alérgicos", conta.

  • 5 - Segurança
    Os adultos devem redobrar a atenção com bebês e crianças em praia e piscinas para evitar acidentes. "Nunca deixe a criança sozinha. Elas costumam se perder e também podem se afogar", alerta o pediatra. Além disso, no verão as praias costumam ficar mais sujas com latas de cervejas e de refrigerantes, garrafas quebradas e restos de cigarros acesos, podendo causar outros acidentes.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545