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SBP e SBIm enfatizam a importância da vacina contra o HPV

Do site da Sociedade Brasileira de Pediatria

Transcrevo abaixo a matéria e parabenizo a rápida ação da SBP e da SBIm restaurando a credibilidade da ação e esclarecendo a população de uma forma simples, ética e clara.

30/01/2014

A matéria que escrevi a respeito da vacinação contra o HPV e que foi publicada ontem (29/01) no Portal Sentir Bem teve três motivações.

A primeira foi a intenção de informar a respeito dessa vacina importante.
A segunda foi aproveitar a matéria que recebi ontem sobre a importância da falta da divulgação médica no baixo índice de cobertura nos EUA.
E a terceira foi a matéria que li na Folha de São Paulo, à qual me referi no meu artigo como "... Ao contrário do que tem sido divulgado em alguns meios de comunicação...", de uma jornalista que tenho acompanhado com bons olhos, mas que teve uma postura infeliz em suas declarações.

Certamente, suas fontes não foram as mais adequadas e a informação, infelizmente, presta um imenso desserviço à população, principalmente pela falta de embasamento científico adequado.

Hoje tive a confirmação de o quanto é importante ser bem representado por uma "associação de classe", quando recebi a réplica da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) com o comentário a respeito da mesma matéria.


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30/01/14 - Com relação ao  o texto da jornalista Claudia Colucci, veiculado no jornal "Folha de São Paulo" do dia 28 de janeiro, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) reiteram a importância da vacinação contra o HPV na prevenção não apenas do câncer de colo uterino, mas também de neoplasias em outros órgãos (ânus, pênis, boca, vagina etc).

Sabemos que o câncer de colo de útero é o segundo mais frequente entre as brasileiras - o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima em 18 mil o número de novos casos diagnosticados por ano, infelizmente com alta mortalidade, a despeito da existência do teste preventivo papanicolaou.

As milhões de doses já aplicadas em todo o mundo atestam a segurança e a eficácia das vacinas hoje disponíveis. No caso específico do HPV, países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, entre outros, introduziram a vacina em seus programas públicos de imunização e hoje já colhem bons resultados na prevenção.

Temos absoluta convicção de que a melhor forma de enfrentarmos o câncer de colo de útero é a estratégia que combina a prevenção primária (vacina) - forma mais eficiente de evitar a infecção - com a secundária, que detecta as lesões de colo (papanicolaou).

A inexistência de um contraponto por parte das autoridades de saúde infelizmente acabou privando o leitor da possibilidade de avançar em suas reflexões e de fazer sua escolha de forma mais consciente. A seguir, destacamos alguns dos principais equívocos:

1.    - “A eficácia da vacina foi verificada apenas em meninas sem vida sexual”. Não é verdade. Os estudos que permitiram o licenciamento da vacina incluíram também mulheres com vida sexual ativa, em numero suficientemente elevado para permitir conclusões categóricas quanto à eficácia e segurança.

2. “... podemos dizer que se alguém já iniciou sua vida sexual a chance de ter sido contaminado pelo vírus é de quase 100%. Ou seja, se a pessoa não é mais virgem, tomar a vacina não vai fazer nenhum efeito...”. A infecção por algum dos tipos de HPV é realmente precoce. Dois anos após o inicio da vida sexual ativa, cerca de 50% das pessoas se infectarem com algum tipo de HPV. Como há mais de 100 subtipos desse vírus, a chance de uma pessoa ter sido infectada por todos eles é praticamente zero. Portanto, e enfaticamente, embora por razões óbvias, o ideal de vacinar antes do inicio da vida sexual não representa limitação ao uso da vacina nem diminui sua relevância na prevenção. É importante salientar que mesmo em países como EUA, Reino Unido e Austrália, com excelentes programas de prevenção de câncer, o exame papanicolaou isoladamente não foi capaz de eliminar o problema e é por isso que esses países implementaram programas públicos de vacinação contra o HPV. Trata-se de estratégias complementares, não excludentes.

3 - Quanto aos eventos adversos citados, eles apresentam reversão rápida, sem qualquer consequência residual, e não se comprovou relação causal com a vacina, e sim temporal (ocorreram até algumas semanas após a vacinação). Mas não é possível afirmar que não se trate apenas de coincidência (isso porque a frequência de cada um desses eventos é extremamente baixa). Em relação aos desmaios este é um fenômeno extremamente comum na adolescência e está relacionado à administração de qualquer medicação ou vacina injetáveis.

 

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Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545