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Gritar com as crianças pode ser tão prejudicial quanto punição física

Do site iTodas

Pesquisa mostrou que esse comportamento dos pais pode levar à depressão e agressividade futura

por Redação

03/02/2014


Muitos pais optam por educar sem bater, mas acabam não controlando as palavras e gritos na hora de repreender um mau comportamento dos filhos, sem se darem conta que as palavras, assim como a punição física, também podem causar danos reais. A disciplina verbal mais dura, como gritos, xingamentos e humilhação, aumenta o risco de depressão infantil e comportamento agressivo, que se concentra em crianças de 13 e 14 anos.

Foi o que apontou um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh e da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e publicado no site da revista Child Development. O estudo acompanhou 976 famílias e diversas perguntas foram feitas às crianças, para avaliar seus problemas de comportamento, sintomas de depressão e o relacionamento com os pais, que também responderam a alguns itens da pesquisa.

"Quando você grita, fere a autoimagem da criança, que está exatamente tentando desenvolver uma autoidentidade, e faz elas sentirem que não são capazes, que são inúteis", diz Ming-Te Wang, professor-assistente dos departamentos de Educação e Psicologia da Universidade de Pittsburgh e co-autor do estudo.

Ou seja: se os pais achavam que gritar com as crianças fosse fazê-las ouvir e se comportar melhor, o estudo descobriu que o que acontece é o oposto.  "A maioria das pesquisas realizadas sobre disciplina é centrada no emprego da disciplina física na infância e na adolescência. No entanto, dado que os pais tendem a recorrer à disciplina verbal com seus filhos, é importante que eles estejam cientes que a disciplina verbal dura é ineficaz em reduzir problemas de conduta e, na verdade, leva ao aumento dos problemas de conduta em adolescentes e ao aparecimento de sintomas depressivos, em alguns casos", afirma o pediatra Moises Chencinski.

Portanto, a melhor forma de corrigir e educar é sempre conversando calmamente, sem se alterar, e tentando fazer a criança compreender o que é certo e errado.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545